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11 abr 2008 - 16h26

A cobrança às rádios e as prováveis conseqüências

Foi publicada a notícia. Agora o Atlético passará a cobrar pela cessão de direitos inerentes a veiculação radiofônica de seus jogos.

Esta atitude tem o condão de acarretar várias conseqüências, sempre dependendo das variáveis de como as coisas devem se desenrolar.

Em primeiro plano, analisando-se sobre o prisma mais pessimista possível, qual seja, o de nenhuma rádio se interessar pelos jogos do Clube, ter-se-ia um cenário desfavorável ao Atlético. O primeiro, e mais evidente, seria em relação à propagação do nome do Clube em nossos, e em outros horizontes. Isso, certamente acarretaria a diminuição de torcida e, por corolário, de renda.

Um outro fato possível, ainda se levando em conta a premissa pessimista, seria que o torcedor estaria finalmente aderindo aos pacotes, dado a distância do clube que se acentuou.

Mudando a premissa, agora mais para a realidade, nenhum empresário que se preze deixaria o mercado livre para que alguém experimentasse o monopólio das transmissões. Efetivamente, as rádios obtêm receita com publicidade nos jogos do Atlético. De antemão, para aquelas rádios bem administradas, pode-se afirmar com a maior firmeza que esta receita não é pequena. Se o público que está ligado ao nome do Atlético não fosse interessante comercialmente, não haveria sequer um painel de publicidade na Arena. Isso por si só, denota a ingenuidade de alguns em pensar que os jogos não serão mais transmitidos em função da cobrança irrisória de R$ 15.000,00.

De fato, as receitas de merchandising vão além da compreensão. Não sou especialista no assunto, porém, como leitor assíduo de revistas de economia, lembro-me de notícia de que cada shopping do grupo Iguatemi passará a faturar R$ 15.000.000,00 anuais por criar uma espécie de TV que leva o nome do grupo, na qual serão veiculados informes de empresas interessadas.

Ora, a questão da rádio é, a grosso modo, uma formiguinha no meio disso tudo. Eu dou total apoio à iniciativa, mas com a esperança de que o clube encontre outras alternativas além daquelas que vêm utilizando, principalmente a utilização de TVs de LCD na Arena com informe de anunciantes, e painéis eletrônicos (que alteram os anúncios) na beira de campo como fazem os europeus.

A discussão entre simpatia ou não da atitude, ao meu ver é uma questão menor, pois o pioneirismo em se buscar fontes alternativas de receitas se trata indubitavelmente de ferramenta para tornar o clube o primeiro também nas competições.



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