Impactado pela notícia do comunicado anunciando a cobrança financeira pela transmissão dos jogos do Furacão, rapidamente analisei a questão e concluo : não há óbice legal, moral ou ético que possa impedir a medida.

O Clube Atlético Paranaense é uma entidade privada que promove espetáculos futebolísticos. Para tal mister, mantém onerosa estrutura.

É fato público e notório que o futebol proporciona um dos maiores retornos financeiros no mundo dos negócios, sendo a televisão (aberta ou paga)a principal beneficiária deste ‘bolo’, e, para tanto, ‘contrata’ os espetáculos pagando cifras fabulosas (muito menos do que deveria, em tese, pagar).

As transmissões radiofônicas, em menor proporção, também se beneficiam financeiramente do show, sendo que atualmente em NADA contribuem para os verdadeiros realizadores, antes pelo contrário, se utilizam das estruturas existentes (água, luz, lanches) e ainda faturam explorando as partidas.
Não existe nada de errado nesta mecânica, a não ser o fato de que os promotores também devem ter participação financeira do evento.

Que se discutam os valores, mas o inalienável direito de cobrar não poderá ser motivo de discórdia, principalmente entre os próprios atleticanos.

Certamente que o Atlético, mais uma vez, sofrerá fortes ataques dos interessados contrariados, pagando um preço pela atitude inovadora, mas alguém tinha que colocar o dedo na ferida, mais cedo ou mais tarde.

Particularmente e apenas para descontrair, sinto um enorme prazer em imaginar certos animais em pele de ‘cordeiros’ tendo que pagar pra ir na Arena falar mal do Furacão. Isto não tem preço!