24 abr 2008 - 23h42

Arbitragem da final já gera polêmica

A escolha de Heber Roberto Lopes para arbitrar o Atletiba de domingo gerou revolta na diretoria Rubro-negra. De acordo com uma nota publicada no site oficial do clube, o Conselho Gestor do Atlético irá se reunir nesta sexta-feira para definir as medidas que serão tomadas pelo clube com relação à escolha de Heber. Segundo o texto, o nome do árbitro foi visto pela diretoria atleticana “com indignação”.

Há muito tempo o árbitro londrinese causa preocupação na diretoria e também na torcida atleticana, principalmente quando o nome dele está envolvido em clássicos Atletibas, nos quais Heber acumula uma longa lista de equívocos.

Em fevereiro de 2001, após uma arbitragem desastrosa no maior clássico do estado, a relação entre o árbitro e o Atlético começou a ruir. Na ocasião, em jogo válido pelo Campeonato Paranaense, o londrinense expulsou três atleticanos (Alessandro, Fabiano e Milton do Ó) e distribuiu diversos cartões amarelos, contribuindo diretamente para a vitória do Coritiba por 2 x 0. naquela oportunidade, a diretoria do Furacão chegou a vetar, formalmente, o nome dele das partidas do Furacão, num pedido que não foi atendido pela Federação Paranaense de Futebol.

No entanto, desde esse episódio, o nome dele é constantemente criticado pelos rubro-negros. Mas a lista de erros e equívocos de Heber Roberto Lopes contra o Furacão só aumentam (veja levantamento abaixo).

Assim como em diversos outros clássicos, para a final de domingo a diretoria Rubro-negra defendia a escolha de um árbitro de fora do estado, mas mais uma vez não teve o seu pedido atendido pela Federação Paranaense de Futebol (FPF), que considera a escolha de Heber uma valorização da arbitragem paranaense.

Uma recheada coleção de equívocos

Relembre aqui a lista de erros e polêmicas protagonizadas pelo árbitro Heber Roberto Lopes contra o Atlético. A relação, que está sendo republicada pela Furacao.com (a notícia original foi publicada no site no dia 25 de março de 2008), tem o intuito de alertar os torcedores atleticanos, a imprensa e a própria Federação Paranaense de Futebol dos irreparáveis danos que esse árbitro já causou ao Atlético Paranaense.

Soma-se a esse alerta a torcida para que no clássico do próximo domingo a arbitragem de Heber Roberto Lopes seja limpa e isenta, permitindo que se decida apenas na bola os rumos do Campeonato Paranaense 2008.

Campeonato Paranaense – (13/06/99) – Atlético 1 x 2 Coritiba – Pinheirão
Heber Roberto Lopes expulsou o volante atleticano Renato e iniciou a longa série de Atletibas em que impediu a vitória rubro-negra.

Campeonato Paranaense – (11/02/01) – Coritiba 2 x 0 Atlético – Couto Pereira
Heber expulsou três atleticanos: Milton do Ó, Fabiano e Alessandro. As duas primeiras expulsões foram absolutamente excessivas, logo no início da partida, prejudicando tremendamente o Furacão. Alessandro, que era um dos melhores em campo, foi expulso já no final da partida, depois de revidar a uma das inúmeras agressões dos coxas. Depois de muito pressionar, e contando com a vantagem numérica, o Coritiba venceu por 2 a 0, com gols aos 31 e aos 38 do segundo tempo.

Campeonato Brasileiro – (06/10/01) – Atlético 1 x 1 Paraná Clube – Baixada
Mudou o adversário, mas não o estilo da arbitragem. O Furacão saiu na frente com um gol de Rogério Corrêa, mas Lucio Flávio empatou no final do primeiro tempo. Novamente, Heber expulsou um jogador atleticano. Desta vez, o escolhido foi o lateral Alessandro. Mas o apito mais prejudicial ocorreu no final do jogo, quando o árbitro anulou um gol legítimo de Gustavo. As imagens da televisão mostraram que não havia impedimento.

Campeonato Paranaense – (02/06/02) – Paraná 4 x 1 Atlético – Vila Capanema
Como havia vencido o primeiro jogo por 6 a 1, o Atlético não precisava se preocupar muito com a segunda partida da final do Campeonato Paranaense. Mesmo assim, Heber não passou em branco: quando o Paraná vencia por 1 a 0, expulsou um zagueiro paranista e o artilheiro Alex Mineiro, depois de o atacante atleticano ter sido agredido.

Campeonato Paranaense – (08/02/04) – Atlético 3 x 0 Paraná Clube
Mesmo com o massacre atleticano (foi o jogo em que Washington marcou o "gol da vida"), Heber não passou em branco. O Atlético vencia por 1 a 0 quando Ilan foi derrubado na área. O árbitro não só não marcou o pênalti como também mostrou o cartão amarelo para o atacante.

Campeonato Paranaense – (10/04/04) – Coritiba 2 x 1 Atlético
Heber expulsou o volante atleticano Vanderson aos 15 minutos do primeiro tempo (o jogador não tinha recebido sequer o amarelo). Posteriormente, Vanderson foi absolvido por unanimidade no Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná. Com um homem a mais, o Coritiba venceu o jogo por 2 a 1. Um ano depois, o árbitro reconheceu os erros cometidos contra o Rubro-Negro. "Eu paguei caro em outros Atletibas em que eu entrei queimando cartão amarelo, de forma incorreta, e depois aconteceram muitas expulsões. Então, a gente ganha experiência e melhora", afirmou.

Campeonato Paranaense – (23/02/05) – Francisco Beltrão 2 x 3 Atlético
O segundo gol do Beltrão saiu depois de uma ajuda do árbitro Heber Roberto Lopes. Batista se jogou na área e foi anotado o pênalti. Luizinho Cascavel bateu e converteu. Ainda bem que o Furacão já havia feito três gols na primeira etapa.

Campeonato Paranaense – (26/03/05) – Atlético 4 x 0 Roma
Aos 39 minutos do primeiro tempo, quando o Atlético vencia por 1 a 0, Denis Marques cruzou e um zagueiro do Roma desviou com o braço. O árbitro Heber Roberto Lopes não marcou o pênalti. Aos 36 do segundo tempo, Maciel foi derrubado na área e sofreu pênalti – novamente não assinalado pelo árbitro.

Campeonato Paranaense – (10/04/05) – Coritiba 1 x 0 Atlético
Heber Roberto Lopes deixou de assinalar um pênalti claro os 18 minutos do primeiro tempo. Denis Marques fez boa jogada pelo lado direito do ataque e cruzou a bola para Aloísio. Na confusão na área, o zagueiro Miranda tocou com a mão na bola, recuando-a para o goleiro Fernando. O claro lance de pênalti foi visto pelas mais de 15 mil pessoas presentes no Pinheirão e pelas milhares de pessoas que acompanharam à partida pela televisão. Só Heber não viu e não marcou.

Campeonato Paranaense – (11/01/06) – Galo Maringá 0 x 2 Atlético
No início do segundo tempo, quando o Atlético vencia por 1 a 0, Heber marcou um tiro livre indireto contra o Rubro-Negro pelo fato de o goleiro Tiago Cardoso supostamente ter ficado por mais de seis segundos com a bola. Mesmo com a ajuda, o Galo não conseguiu empatar.

Campeonato Paranaense – (05/03/06) – Cianorte 1 x 5 Atlético
Desta vez, a implicância foi fora de campo. Heber Roberto Lopes não deixou que o intéprete e auxiliar do então técnico Lothar Matthäus ficasse no banco de reservas. Posteriormente, foi repreendido publicamente pelo diretor de arbitragem, Afonso Vitor de Oliveira.

Campeonato Brasileiro – (28/10/06) – Atlético 4 x 0 Paraná Clube
O chocolate rubro-negro poderia ter sido maior se Heber Roberto Lopes não houvesse sonegado mais um pênalti ao Atlético. Aos 12 do segundo tempo, Denis Marques foi derrubado na área, mas a falta não foi assinalada. Além disso, o árbitro deixou de expulsar o goleiro Flávio, do Paraná. Ferreira foi lançado, driblou o goleiro Flávio (que era o último homem) e foi derrubado. Heber advertiu o goleiro apenas com o cartão amarelo.

Campeonato Paranaense – (11/02/07) – Atlético 2 x 2 Coritiba
A arbitragem de Heber foi péssima. Ele deixou o jogo correr com muitas faltas por parte dos coxa-brancas, que apelaram dessa estratégia para parar o ataque atleticano. Aos 19 minutos, o lance mais polêmico de toda a partida. Na cobrança de escanteio para o Coritiba, o árbitro viu o zagueiro Danilo segurando Henrique e assinalou o pênalti. Na cobrança, Edmilson fez 1 a 0 para o Coxa. Vale ressaltar que lances de jogadores se segurando dentro da área foram comuns durante todo o restante da partida, mas o árbitro não utilizou o mesmo critério (e rigor) para marcar as outras faltas.

Campeonato Paranaense – (22/04/07) – Atlético 1 x 3 Paraná
Mais uma vez, Heber Roberto Lopes deixou de marcar um pênalti claro para o Atlético. Marcão foi derrubado na área e ainda levou um cartão amarelo do árbitro. Aos 37 minutos, mais uma vez ele expulsou um jogador do Atlético: Netinho. Ao final do jogo, o técnico Vadão resumiu a atuação de Heber: "O que teve influência foi a arbitragem, no primeiro tempo, tivemos dois lances onde fomos agredidos sem bola, o bandeira não viu, o árbitro não viu, ninguém viu. Ele não deu pênalti no Marcão e amarelou o Marcão. Minou o tempo todo. Eu coloquei ele como melhor árbitro, mas esteve totalmente fora e teve influência sim. No campeonato, vim com calma, com tranqüilidade e foi visível que a arbitragem influenciou".

Campeonato Brasileiro – (30/06/07) – Paraná 2 x 2 Atlético
Heber expulsou o zagueiro atleticano Danilo logo aos 36 minutos de jogo. Mesmo com um a menos, o Furacão arrancou o empate.

Colaboração: William Romero



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