Raio-X da final
A final do Campeonato Paranaense de 2008 coloca frente a frente as duas melhores equipes do campeonato. Superioridade comprovada pelos números. Donos das duas melhores campanhas, o Furacão e o Coxa alcançaram, respectivamente, 81% e 72% de aproveitamento; têm as melhores defesas 11 e 14 gols sofridos e dois dos três melhores ataques o Atlético lidera, com 45 gols marcados, seguidos por J. Malucelli (41) e pelo rival (40).
As duas equipes começaram a se destacar logo no início da competição. Quando se enfrentaram, na 4ª rodada, eram as duas únicas com 100% de aproveitamento. Após o clássico, o rubro-negro alcançou a histórica marca de 12 vitórias consecutivas e terminou a primeira fase invicto e na liderança. O Coritiba, por sua vez, patinou – empatou com o Rio Branco fora de casa, perdeu para o Jotinha em casa e para o Paraná Clube fora mas mesmo assim não deixou a segunda colocação escapar e terminou seis pontos na frente do terceiro colocado, o Toledo.
Atlético e Coritiba não repetiram o sucesso na segunda fase e ficaram na segunda colocação em seus grupos. O Furacão perdeu a invencibilidade na temporada e viu a série de 19 jogos sem perder em casa acabar enquanto o Coxa perdeu duas partidas seguidas e não conseguiu o primeiro lugar. Nas semifinais, porém, a dupla Atletiba se recuperou. O alviverde venceu os dois clássicos contra o Paraná 1 a 0 em casa e 2 a 0 fora. Já o Atlético se classificou após vencer o Toledo em casa por 1 a 0 e perder, fora, pelo mesmo placar.
Depois de dois anos fora da final, a dupla se reencontra justamente no clássico que já decidiu 12 campeonatos. O Atlético venceu sete, incluindo o último, em 2005. Para o Furacão, conta ainda uma invencibilidade de mais de três anos, quando perdeu a primeira partida da final do Paranaense por 1 a 0. De lá pra cá, foram mais cinco jogos, com quatro vitórias atleticanas e um empate.
Favorito? Para Ney Franco, não há. "Será uma final equilibrada e clássico não tem favorito", sintetizou o treinador atleticano.