Não adianta chorar. O resultado de hoje não mudará e só reforçou o que sabíamos mas relutávamos a acreditar: na hora da verdade, falhamos de maneira incrível e contra adversários teoricamente mais fracos.

Creio que o Atlético, muito embora possa de fato ainda ganhar o campeonato, deva aproveitar o momento negativo para repensar o futebol – o jogo, não os negócios.

Talvez o recomeço seja discutir o papel de Ney Franco. Após um começo promissor, deu para fazer lambanças inacreditáveis. Para um time certinho e entrosado, perdeu é certo, peças importantes, mas não conseguir dar um padrão mínimo de jogo é, me desculpem, incompetência técnica.

Destruiu o ataque atleticano. Muda, muda e muda. Seis por meia dúzia e nada acontece. Humilha Pedro Oldoni e, agora, Rogerinho também. Afasta Michel e, da noite para o dia, o transforma em titular, a despeito do péssimo futebol. Em suma, está perdido e apresenta um discurso repetitivo e chato, tipo Vadão. Precisa mudar se quiser se dar bem.

Reconheço que não existe no mercado jogadores em abudância e qualidades das quais necessitamos, mas é preciso achar pelo menos três reforços para iniciarmos o brasileiro em melhores condições.

Para domingo espero que Ney Franco deixe seu jeito pacato e mineiro de ser e tenha uma atitude que contagie o time e a torcida.

Ao ataque e com vontade.