O futuro nos aguarda!
E agora, Atlético? Será que vai dar?
Enfim, não é esta a questão. Um título paranaense a mais não mudará a história do nosso Furacão. O que me entristece são os indícios de que o futebol-empresa tomou a cabeça da nossa apaixonada diretoria.
Os mesmos corações que agoniavam ao ver o Atlético sofrer com apresentações pífias na era pré-95, hoje tem suas atitudes voltadas a enriquecer seus bolsos e projetam o Atlético a um futuro incerto.
Atitudes que arraigam o Atlético como time pequeno, como time revelação de craques, como um grande celeiro e uma grande escolinha. Um verdadeiro time-empresa, na verdade, mais uma empresa que um time.
A capitalização do futebol e dos clubes é, sem dúvida, o futuro do esporte, mas deve ser feita degrau por degrau, de forma a equilibrar essa relação de clube e empresa. A empresa tem como foco o capital, o lucro, o crescimento econômico. Mas e o clube? O clube é movido pela paixão, pelas vitórias, pelas conquistas, pelos novos torcedores, pelos gols e pelo orgulho.
Não podemos deixar o Atlético de lado. Não podemos abandonar nossa torcida. Não podemos nos desfazer de nossos craques de uma maneira tão simples. A identidade do clube com a torcida é fundamental nessa escalada rumo ao futuro. Não existirá clube sem torcida e, sem clube, não haverá uma empresa.
Portanto, vamos mudar essas prioridades, vamos equilibrar essa balança e vamos colocar o Furacão no lugar onde deve estar. De um clube sólido, um time vitorioso, com uma torcida solidária e apaixonada e, com certeza, uma empresa de sucesso.