Não me recordo, desde que comecei a acompanhar esse esporte maravilhoso – o futebol -, de ter visto uma decisão de campeonato em que um dos concorrentes optasse por um esquema tão ‘defensivo’ como o Atlético de Ney Franco nesse domingo.

Digo ‘de Ney Franco’ porque obviamente essa não era a escalação que a esmagadora maioria da torcida rubro-negra esperava ou desejava.

Quando duas equipes chegam a uma decisão, a uma final de campeonato, supõe-se – quando já não se constatou – que as mesmas têm méritos, qualidades, credenciais, muitas vezes em condições de equilíbrio, até mesmo de igualdade!

No caso do Atlético, esse equilíbrio era ainda mais certo, tanto se alardeou a campanha maravilhosa durante todo o campeonato – até derrotamos o time verde em seus próprios domínios, nesse mesmo certame!

A escalação de Ney Franco não foi defensiva. Foi covarde! Quisesse proteger sua eficiente defesa, armasse um 3-5-2, tantas vezes utilizado como a solução dessa equipe. Os jogadores têm suas limitações, mas não têm culpa. Perfeito o desabafo de Danilo ao final da partida, claramente criticando a escalação equivocada, que abandonou Marcelo Ramos inoperante no ataque.

Pior ainda é ver um treinador beirar a loucura ao passo que o fim da partida se aproxima, tentando inutilmente consertar os erros que cometeu, sacando defensores por atacantes(?) e arriscando nosso amado Atlético a sofrer uma goleada histórica, ao chegar a mais um esquema impensável: 3-3-4 !! Enganam-se os que pensam que nesse momento Ney Franco foi ousado. Quisesse ser agressivo, fosse desde o início, segurasse o time verde em seu campo de defesa.

Não, amigos. Nesse domingo, Ney Franco começou covarde e terminou insano! Como muitos especulam, o mineiro já está com a cabeça no Flamengo, quer substituir Joel Santana.

Que venha Geninho, nosso comandante de 2001! Ontem levou de 5, mas de covarde e louco não teve nada!