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29 abr 2008 - 13h18

E as minorias se fazem maioria !!

Há pouco tempo atrás, mesmo vivendo uma situação insólita de estarmos batendo um record de vitórias em paranaenses, já sentíamos que algo não andava bem, não ia bem e pregava-mos um discurso de cautela, pois vencer tantas partidas e ultrapssar a marca de 49 parecia algo surreal.

Eu à exemplo de tantos, estavámos ressabiados, pois o plantel em sua base havia se desintegrado e a continuidade já apontava para um trilhar mais complicado.

Fomos eliminados da COPA DO BRASIL, numa chave em que os cruzamentos nos permitia sonhar em chegar novamente muito próximos do campeonato…. Eram Corinthians de Alagoas; Paranavaí; Juventude, um vasco desarrumado… pois bem, tudo conspirava a nosso favor, tendo um colunista inclusive opinado que a chance da final era grande. Mas o Corinthians tupiniquim nos parou em plena Baixada…

Após a saída de alguns jogadores, desenhou-se outra história e começamos a sofrer para chegar às semifinais e aqui não quero lembrar Ferreira, Clayton ou outros. E todos ainda mantinham em alta as esperanças do Paranaense. Não sou adepto do pessimismo, do ‘ tudo acabou ‘, do negativismo enfim.

Mas, o que todos passaram a ver foram as verdades que se suscederam e mostraram quão ínfimos estávamos e quão difícil seria a recuperação e o voltar de um sonho.

A partir de certa data, ou poucos que conseguiam ver a realidade do plantel, suas deficiências e mesmo a já questionável posição do nosso técnico, que insistia, após derrotas, empates e magras vitórias que em entrevistas buscava ignorar os críticos, sempre vendo um jogo diferente de todos.

Agora, tudo que leio, nesse espaço de democracia é que a minoria se fez maioria e quase a totalidade de atleticanos que se dispõe a escrever, batem fundo em algumas questões: a) elenco fraco; b) contratações necessárias que não acontecem ; c)o técnico que mesmo com um elenco sofrível, ainda consegue errar no escalar e substituir ; d) uma diretoria errante, que tem em seus objetivos, apenas sonhos megalomaníacos, ou ao mínimo participa de uma psicose maníaco depressiva coletiva, deixando entender que temos de ser fortes na arrecadação, no marketing, mas não levando em consideração que a força da receita tem que ter um desiderato – um clube forte, competitivo e vencedor.

Infelizmente todos os fatores se agregaram e nos levaram a essa situação incômoda. Perder o Estadual relevamos, embora que seja pro COXA, mas o futuro no Brasileiro assusta e essa história já vem de algum tempo. Todos escrevem com desânimo, querendo encontrar forças, palavras, emoções para lutar e acreditar que o improvável venha a ocorrer.

Mas como tudo na vida, somente o trabalho firme, forte, com objetivos bem traçados, levam alguém a algum lugar. Nós, atleticanos, agora em franca maioria, vemos que o caminho vai ser penoso e a amargura de mais um ano vai ser revivida. E, nossas energias, nosso coração, nossa paixão eterna se entregam a uma realidade ‘ menos morta ‘.

Cansei e muitos cansaram e outros estão cansando do discurso diretivo de Petraglia e Fleury, muito mais interessados em COPA DO MUNDO, em parcerias inglórias, em serem inovadores, mesmo que sozinhos, nos tornando antipáticos por decisões que mais parecem querer elitizar um clube do povo, do que torná-lo ainda mais popular. Atos políticos, por certo, mas recheados de atitudes politicamente incorretas.

O nosso elenco, cada vez menos prestigiado pelo donos do mundo e a enorme pressão que vem de dentro para fora e deixa os jogadores em constante pressão e acaba os deixando em situação habitual de desejarem deixar o clube.

Podemos pagar em dia, termos um teto salarial responsável dentro de nossos limites, uma estrutura por todos reconhecida como das melhores do país, mas ao contrário, não vemos ninguém querer aqui jogar, alguns saem logo para fugirem desse inferno de bastidores. Isso tudo criado, pela genialidade de Petraglia, que no particular dele, deve ter um objetivo, pessoal ou político, mas totalmente afastado dos torcedores, da paixão atleticana. O respeito por nós acabou há muito tempo e as formas que a torcida encontra para se manifestar acabem sendo àquelas vistas no Couto Pereira no último domingo e para alguns a crítica escrita, que não sabemos se chega aos ouvidos dos poderosos.

Tenhamos força e fé ( muita fé ) de que o futuro nos reserva o Brasil e o Mundo e já que somos apenas uma equipe de futebol, que sonhemos com esquadrões de elite, potencial de competição, para entrarmos em qualquer competição, como favoritos.

Para finalizar, para essa ampla maioria atual de descontentes, relembro um brocardo jurídico que diz – ‘ Quando o direito ignora a sociedade, esta se vinga ignorando o direito ‘.

Cuidado, senhores Petraglia e Fleury, pois mexer com a emoção e paixão, sem medir consequências, pode trazer dissabores e o esquecimento do passado de glórias a que chegaram, pois ninguém é insubstituível, apesar de já estarem querendo se eternizar dentro do clube.

Cabe aos sócios, conselheiros ou quem tenha direito de voto nas assembléias, repensar, refletir e ver que o comando atual está pecando demais por ações e omissões e que o processo de vida, tal como no futebol sempre impõe a mudança, como forma de procederem-se alterações para o bem da sociedade, comunidade, associações, enfim todo e qualquer grupo que tenha uma multidão de legionários interessados em mudar e descortinar um futuro mais vibrante, pulsante e de vitórias.



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