Ainda pergunto para mim mesmo porque não me entristeci tanto com a perda do título paranaense de 2008. Ao soar do apito final, falei comigo em pensamento: ‘Perdemos para nós mesmos’. E ao pensar assim, ainda busco uma explicação para o que está acontecendo com a nossa equipe, com o nosso clube.

Acredito eu que o Atlético não está evoluindo da maneira que gostaríamos. A grande verdade é que somos torcedores passionais ao extremo, e essa paixão se renova a medida que ambas as partes interagem de uma maneira harmoniosa.

Harmonia, faltou muito ao Atlético nessa decisão, e vem faltando nos últimos tempos; o time vem nos últimos anos por oscilações boas e ruins, sendo que o que desejamos é uma regularidade ao nível mais elevado possível. E essa falta de harmonia não está ligada ao time, aos onze titulares, ao treinador; esta falta de harmonia está entre todo e qualquer que trabalha, que torce, que joga pelo clube.

O que realmente me entristece, que todas as atitudes dentro, fora do campo, seja de diretoria, torcedor, jogador, estão denigrindo a imagem do clube de uma forma grave. O clube infelizmente está escravizado ao interesse parcial, de minorias talvez, mas que não condiz com seu ideal. A grandeza do Atlético não faz a grandeza dos homens; e o que vemos é essa ilusão que presenciamos.

Sou consciente que a grandeza do Atlético começa na nossa grandeza, no meu caso, na grandeza de torcedor; o que viso com esse texto é expor ao torcedor o que muito a passionalidade nos tira: a razão. se cada um mostrar a sua grandeza para com o clube, o clube se fortalecerá, mas precisamos sim combater aqueles que se engrandecem pelo clube, pois estes nos enfraqueçem.