A torcida apaixonada e o time profissional
Este time não é o pior que já tivemos.
Eu lembro muito bem quando ia ver os jogos no Pinheirão: Fião, Gune, Manguinha, Dirceu… naquele tempo íamos ver o esforço supremo destes jogadores limitados, mas que lutavam e muito com a camisa rubro-negra.
Era o tempo do ônibus enferrujado, da mandinga no vestiário…, me lembro quando soltamos um porco pintado de verde e branco em pleno Couto Pereira, na noite em que estreamos a versão ‘The Wall’ para os coxas…
Não ‘turminha do chingão’, antes que comecem a mandar mensagens mal educadas, não tenho saudade do nosso passado difícil de segunda divisão e 1 campeonato Paranaense de vez em quando.
Só que dói ver uma torcida tão apaixonada torcer para um time que faz 1 a 0 e se acovarda, parece um time profissional na pior acepção da palavra: faz 1 a 0 em algum lance de bola parada, de preferência gol de zagueiro; e fica tomando sufoco o resto do jogo esperando tomar o empate.
Parecem aqueles funcionários que não tem aspiração nenhuma: ‘Já fiz minha parte, vou esperar dar as 18 horas para bater meu cartão e ir pra casa ver a novela’; ou então: ‘Não vejo a hora que chegue sexta-feira pra eu não precisar pisar aqui dentro… não aguento mais ver a cara do mala do meu chefe’.
Por favor, vamos unir tudo o que foi construído ao nosso jeito antigo de ser Atlético! Um time que toma 2 e faz 5! Um time que agride sempre; um time onde os principais jogadores sempre foram os da frente: Washington e Assis, Abel,Joel, Carlinhos,Lucas, Kleber, Alex Mineiro, Ilan, Washington ‘Coração Valente’,Jadson, Ferreira…
O que aconteceu hoje é o retrato dos nossos profissionais: fizemos 1 a 0 (como fizemos no Toledo, no Ipatinga, no Corinthians da Paraíba…) em seguida pressão e mais pressão, bolas na trave e até que vem o previsível e inevitável e lá vai o time covarde correr atrás do resultado depois dos 30 minutos do segundo tempo.
Curioso: no brasileiro do ano passado quando a agua começou a bater no pescoço, foram buscar Claiton, Marcelo Ramos, Ney Franco… afinal de contas a obrigação dos profissionais é manter o clube na primeira divisão. O comportamento vem de cima para baixo.
A turminha ‘Paz e Amor’ que não suporta críticas: ninguém é mais atleticano do que ninguém.
Parabéns por tudo que foi construído nos últimos anos, mas como dizia Humberto Gessinger: ‘O céu é só uma promessa, eu tenho pressa vamos nessa direção. Atrás de um sol que nos aqueça, minha cabeça não aguenta mais’.