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13 jul 2008 - 11h59

Resposta ao Sr. Eduardo Carvalho

Parabéns… O colega pesquisou muito antes de escrever. Isso já é um indício de que o debate gera uma ação contrária positiva e altamente fortificadora de nosso íntimo mais profundo e faz sair de lá, as mas belas opiniões, mesmo que delas possamos ter posição contrária. As suas citações são dignas de alguém que conhece a palavra e tem esmero no estudo dos mais variados pensadores. Somos humanos e erramos, com esse mesmos erros evoluimos ( nem todos ) e talvez quando escrevi, tenha me excedido em relação a exclusão do colunista, afinal, ele que continue a escrever e responda pela suas ações. Nisso, caro rubro negro, tens razão e me curso. Pode ter sido apenas o momento de emoção em que manifestei minha indignação e porque tudo isso nos levou de forma gratuita a uma maior antipatia gratuita que vai se massificando no país, facilmente verificado em qualquer site oficial das grandes comunicadoras e até em programas de TV fechada, onde o assunto foi abordado e repudiado, por gente da mesma classe, ou seja, o setor de comunicação.

Me reservo no direito de resposta a lhe informar que nasci em Curitiba em 1959 e quando criança assisti ao primeiro jogo do Atlético, nunca mais torci por ninguém. Meus filhos perguntam ? Por quem o sr. torce na BA e eu digo que minha única paixão é o Atlético. De enrustido ( e não sei se tentou usar o vocáublo ) com duplo sentido, nada tenho e no meu comentário, deixei claro que não morro de amores pelo Flu ( talvez pelos atos do passado ) do São Paulo, e de nossos rivais locais. O Coritiba por ter se negado a ceder o estádio na final da Libertadores, quando invadiríamos o Couto, como fizemos na semifinal de 83 contra o Flamengo, maior público da história daquele estádio. E em relação ao Paraná Clube, por que os mesmo, na campanha de 2004 e em outras tantas, sempre conseguem nos tirar pontos preciosos que ficam engasgados na garganta. Rubro negro, conheço e muito a história de nosso Furacão, presenciei o fantástico 4 x 4 com o Colorado ( ZIQUITA ) ; penei em uma final com o Coritiba em tres jogos de 0 x 0 no Couto e ao final os penaltis, quando apenas ROTA fez o nosso e MANGA defendou os outros, querendo o destino que LIMINHA, nosso ex-jogador completasse a série, que foi redimida anos atrás na Arena em mesm situação, numa última penalidade chutada por LIMA e que nos deu o título. Sinto orgulho de tudo o que foi feito e da marcante notoriedade que o clube tomou a partir do CT, do novo estádio, exemplo para o país, apesar do gramado. Relembro ainda o 4 x 3 memorável no antigo Belfort Duarte, em que gênios como Sicupira e Nilson Borges arrebentaram e outros tantos jogos, citando apena dois para que fique marcada para V.Sa. o amor e paixao que nutro pelo meu clube. 1) CAP 1 X 0 INTERNACIONAL, quando o goleiro Altevir despontou como um dos grandes arqueiros do país ; e 2 ) CAP 1 X 0 CFC em pelno campo deles, quando Dulcidio Bosquila apitou um penalti a nosso favor, num dia chuvoso e de um lado Sicupira e de outro a mulralha chamada JAIRO. Felizmente a técnica superou o muro e vi, senti e participei da mais maravilhosa festa que jamais havia sentido na vida. Menino, ouvi pela rádio a final em Paranaguá ( CAP 4 x 1 SELETO ) e campeões de 1.970. Acompanhei pelo rádio a maravilhosa participação do CAP no Roberto Gomes Pedrosa em 1968, onde realmente naquela época já aparecia a figura do árbitro, mas jamais esqueci jogos gloriosos ( CAP 4 X O SCCP ) E ( CAP 3 X 2 SANTOS DE PELÉ 2 ). Nosso time tinha Célio e Nilo do Coritiba e outros craques: Djalma Santos, Belini, Nair, Sicupira, Zé Roberto, Madureira e Nilson Borges.

Escrevo sem pensar em estética, mas em lembrar o maravilhoso time que fez a final do COLORADO e os 4 x 1 que nos deram o título, num time que tinha Nivaldo, Assis, Washington, Ivair que de calcanhar deixou o centroavante fechar a goleada e o título, isso em pleno Belfor Duarte. E de lá pra cá, principalmente 1995 com Oséas e Paulo Rink que nos levaram de volta a série A e tantos outros jogadores que passaram. Relembro a zaga DI e ALFREDO GOTARDI ( clássico zagueiro ) mas que nos causava arrepios pela suas jogadas ousadas e que foram contratados como dupla de zagueiros oficiais pelo São Paulo, tal qual ASSIS e WASHINGTON, que brilharam aqui e foram ser ídolos do Fluminense. Que coincidência do destino. Os clubes que antipatizo apenas, tiveram como craques nossos jogadores. nem quero relembrar a história recente ( ALOISIO, JANCARLOS, DAGOBERTO ) pois aí o mundo do futebol já era outro e a Justiça e a grana falavam mais alto.

E poderia relembrar tantos outros fatos, mas esse artigo acabaria por sonolento e demasiadamente longo como já está. Não, não sou Fluminense, mas o respeito, apesar de tudo que aconteceu nas Laranjeiras em um dia de domingo, quando lá vencemos e fomos covardemente agredidos. Mas, a torcida daquela época fez novas gerações de tricolores, esses a meu ver muito mais comedidos, até por que a legislação esportiva é muito mais eficiente e rigorosa, senão naquela época o Flu quem sabe fosse eliminado da competição, o que não seria injusto.

Frequentei o Joaquim Américo, lá joguei bola, no campo e na cancha de peladas do fundo, quando existente o famoso PELADÃO criado por NELSON COMEL, que ainda existe e como era bonito ver o campo, simples como era, mas onde nosso valoroso time jogava e nos entretia, inclusive num jogo em que com um gol de AUGUSTO ganhamos do CAMPO GRANDE do RJ para nos classificar, não me recordando para o que, afinal minha memória não é tão prodigiosa.

Como operador do direito e de um idealismo meio perdido no tempo, sei exatamente o poder das palavras e como elas ferem, sentimentalizam, emocionam e nos fazem chorar, partam de quem partir, seja quem as diz um intelectual ou mesmo de alguém sem essa característica, desde que se note a sinceridade e a nobreza do que se fala.

Embora fora da minha fantástica Curitiba, a qual ainda volto, para com meus filhos ajudar na torcida o meu time de coração, não perco jogos do Atlético, seja pelo PAY PER VIEW, seja pela net nas rádios de Curitiba, e só ressalto a tristeza atual e de alguns tempos de ver que não evoluímos no futebol e ano a ano, lutamos para não cair, com constantes mudanças de técnicos, contratações em quantidade e de qualidade discutível, falta de ânimo em campo de determinados jogadores e o receio de novamente termos que lutar para ficar em classificação intermediária, almejando quem sabe apenas vaga na SULAMERICANA.

Sou atleticano, quando campeão em 2001, fiz a maior festa que o bairro PILARZINHO onde moram familiares já viu. Saí orgulhoso pela cidade com minha enorme bandeira que até hoje guardo e vi a maravilha da solidariedade rubro negro, onde desconhecidos em plenas ruas do centro da cidade, paravam seu carros, e se abraçavam, todos ilustres desconhecidos, mas unidos pela alegria de um título inédito e que nos colocou de igual para igual com nosso maior rival.

Enfim, tentei demonstar um pouco da história da minha vida rubro-negra e do quando vivi e conheço da história do Clube e do sempre saudoso JOFRE CABRAL E SILVA, de saudosa memória, que se deixou levar pelo clube ao túmulo, tamanha a paixão deste gênio, que revolucionou nosso clube naquela época e também em matéria anterior senti a perda do ‘ CHINA ‘ Evangelino da Costa Neves, exemplo idêntico de paixão, em tempos que fazer futebol era obra de uns poucos loucos, que tiravam dinheiro do bolso para completarem orçamentos e com isso pagarem salários de jogadores.

Se errei, errei pela emoção do momento e lendo a última matéria do publicitário, vi que parabenizou o Fluminense pela vitória e subliminarmente se desculpou pelos excessos.

Essa minha opinião em resposta ao seu texto, brilhante na articulação, mas injusto em relação a determinados fatos. Mas dizia VOLTAIRE…. ‘ posso jamais concordar com sua opinião, mas defenderei até a morte o direito de expressá-la ‘.



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