Desculpe-me, mas não dá para continuar nesse eterno “ame-o ou deixe-o”. Parece que é o torcedor o culpado pela bola não entrar. No último jogo, parecia que faltava uma força mental, metafísica, para que o chute alcançasse o seu objetivo, seja para entrar no gol adversário, seja para sair da nossa área. O gol do Cruzeiro pareceu aqueles sonhos em que se quer correr e os pés derrapam, se quer dar um soco e se soca o ar, precisa-se de força e o braço adormece. Todos os chutes dados pela defesa do Atlético foram essa negação típica de sonho, como se o gol do Cruzeiro estivesse destinado mesmo a acontecer, sem apelação. Pareceu-me, na hora, mesmo, que faltou vontade aos jogadores que a bola não entrasse. O que reforça a derrotista tese de que querem derrubar o Fernandes.

Não concordo que seja a hora de dar apoio incondicional; creio que o momento é oposto. É hora da avaliação final. Ou se faz tudo certinho, com vontade de acertar, ou é a hora de virar a mesa. Desculpas não resolvem nada. Não importam nem osso nem filé. Pra mim, a imagem que ficou do último jogo foi a falta de vontade dos jogadores do Atlético (todos, sem exceção) para que a bola entrasse no gol do Cruzeiro. Estavam todos com as pernas moles, como num sonho frustrado.

Primeiro, quero ver vontade do time, depois vou torcer. Pra não dizer peremptoriamente, que nem um amigo, que desisti do Atlético.