8 out 2008 - 0h24

Rafael Moura fala sobre o clima entre os jogadores

Depois de ter sido eliminado pelo Chivas nas oitavas-de-final da Copa Sul-Americana, no dia 30 de setembro, na Arena da Baixada, o Atlético viveu uma semana repleta de notícias sobre crises internas e brigas dentro do clube. Durante a partida, o atacante Rafael Moura cobrou uma outra postura do volante Alan Bahia e do meia Ferreira, tendo discutido com ambos ainda no gramado.

Após o resultado final de 4 a 3 para o time mexicano, que tirou o Rubro-Negro da competição continental, o jogador revelou a imprensa o conteúdo das conversas com Alan e Ferreira. “Não foi só com o Alan, discuti rispidamente com o Ferreira também. Ali não tem como pedir por favor, dá licença, ou qualquer coisa nesse sentido. A conversa tem que ser essa. A gente precisa acertar”, disse.

O atacante ainda disse que os jogadores precisavam “lavar a roupa suja” e também cobrou mais comprometimento do grupo. "Ainda existem jogadores que podem dar algo mais e podem nos ajudar, mas vamos lavar roupa e vamos lavar muito bem porque a gente precisa. Todos tem que ser cobrados. Eu, por ter personalidade forte, não consigo deixar passar o momento”, declarou.

Depois da partida contra o Chivas, Rafael Moura sentiu uma lesão muscular na coxa direita e desfalcou o time na derrota para o Santos por 4 a 0. Mas nesta terça-feira, mesmo ainda sendo dúvida para o confronto frente a seu ex-time, o Fluminense, neste sábado, o atacante aproveitou para esclarecer o clima entre os jogadores.

A primeira situação que Moura explicou foi a utilização do termo “lavar a roupa suja”. Segundo o atleta a intenção não era causar um mal-estar no grupo e sim alertar alguns jogadores.“Eu disse que a roupa ia ser lavada. Quando falei aquilo do jogador se pronunciar se não estivesse satisfeito, era para dar um toque no pessoal. Não sei se tem algum nessa situação, mas às vezes alguns são criticados por estarem jogando na posição que não gostam”, revelou.

O atacante ainda falou sobre a possível existência da chamada “panelinha”. Para ele é normal as pessoas que tem mais afinidade ficarem juntas, mas isso não quer dizer que um atleta não goste do outro. "Panelinha é uma palavra pesada. Eu vejo grupos de amizades. É como qualquer empresa ou na nossa própria família. Você é mais amigo de um primo que de outro. É natural. Não tem como ser amigo e conversar com os 40 amigos da faculdade”, finalizou.

Nesta quarta-feira, Rafael Moura deve voltar aos treinos no CT do Caju. Se não sentir dores na coxa direita, o atacante pode retornar ao time contra o Fluminense, sábado, às 18h20, na Arena da Baixada.



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