8 nov 2008 - 21h55

Para Rafael Moura, segredo do Atlético é a união

O atacante Rafael Moura fez uma de suas melhores atuações pelo Atlético no jogo deste sábado diante do Figueirense, em Florianópolis. Além de ter marcado o segundo gol da vitória por 2 a 0, Rafael foi importante no duelo contra os defensores do time alvinegro e mostrou muita luta e dedicação para garantir o resultado. Some-se a isso o fato de ter participado de boa parte do jogo sentindo dores.

Ao final da partida, eleito o melhor em campo por algumas emissoras de rádio, Rafael Moura concedeu entrevista coletiva à imprensa e fez uma espécie de balanço sobre sua passagem pelo Atlético até este momento. Comentou os momentos difíceis, especialmente o pênalti cometido contra o Fluminense e a expulsão contra o Cruzeiro. Reiterou que não admite qualquer dúvida sobre seu caráter; quer ser avaliado apenas por qua qualidade como futebolista.

Sem papas na língua, Rafael Moura revelou ainda que os jogadores resolveram as "diferenças" e firmaram um pacto depois do empate contra o Vasco da Gama, há cerca de dez dias. Agora, todos estão comprometidos a se doar mais para ajudar o Atlético a escapar do rebaixamento. Confira as principais passagens da coletiva do atacante:

PACTO
"Por incrível que pareça, [o segredo do Atlético é] a união. No jogo contra o Vasco, eu não estava, mas a equipe fez um pacto que todo mundo ia lutar, todo ia se fechar agora. A gente ia deixar de sair, ia concentrar um pouco antes para tirar o Atlético dessa situação. A gente tem somado pontos, mas a gente ainda não conseguiu o nosso objetivo matematicamente."

PÉS NO CHÃO
"Com essa vitória de hoje, fora de casa, a gente está muito feliz, mas a gente sabe que precisamos ter o pé no chão e conseguir a vitória dentro de casa, que será imporntantíssima para a gente."

TORCIDA
"Ela tem nos ajudado bastante na nossa casa, e hoje fora. Dentro da Arena, o torcedor tem feito o seu papel. Eu mais uma vez faço um pedido: que o torcedor nos apóie o tempo inteiro, os 90 minutos, porque quando eles começam a vaiar, a criticar, alguns jogadores sentem, alguns jogadores têm atitudes negativas, mas é do calor do jogo. Com a ajuda da nossa torcida, nosso time tem como objetivo ficar cada vez mais forte. Nosso torcedor tem tudo para ser nosso décimo segundo jogador."

ARTILHEIRO
"O atacante tem que se jogar na bola. Vale gol de barriga, de peito, de coxa. O importante é fazer os gols e ajudar o Atlético."

VITÓRIA FORA
"A gente só conseguiu uma vitória [fora de casa] contra o Ipatinga, então hoje uma vitória fora de casa em um confronto direto foi importantíssima para nós."

DOAÇÃO
"Hoje eu joguei com uma lesão, um desconforto, mas eu sou guerreiro, sou batalhador. Eu preciso dar algo mais, porque eu vim para ajudar esse clube. Eu mesmo me cobro, eu mesmo não deixo de ser humilde, de deixar de treinar. Eu estando bem, com a cabeça focada, eu posso ajudar o grupo e o grupo me ajudar bastante. Com o crescimento do grupo, todos cresceram. O Atlético, hoje, está difícil de ser vencido".

CRÍTICAS
"Eu disse para vocês que eu vou errar e vou acertar. Quando vêm as críticas construtivas, por parte de vocês e por parte do torcedor, eu escuto bastante, eu converso, eu não me omito nunca. Eu escuto para cada vez eu crescer mais. Apesar de ter jogado em grandes clubes e de ter feito alguma coisa pelo futebol, eu ainda sou muito novo. Então, eu quero cada vez mais chances no futebol para mim."

PÊNALTI CONTRA O FLUMINENSE
"Eu fico triste quando eu escuto alguma coisa sobre o meu caráter, desconfiando de mim como homem. Um lance infeliz, com a mão, mas acontece. No mesmo jogo [contra o Fluminense], o Antônio [Carlos] fez um pênalti. Então, eu fiz um pênalti com a mão ridículo, mas teve um outro pênalti, teve outros lances, em que um jogador erra um passe. Então eu não posso ser crucificado pelos lances que eu fiz".

EXPULSÃO CONTRA O CRUZEIRO
"Contra o Cruzeiro, a expulsão: uma falta normal, uma falta de jogo, só que foi meu segundo amarelo. Eu não fui expulso porque eu dei uma cotovelada ou porque eu cuspi em alguém. Não foi um ato de indisciplina. Foi uma falta em que eu precisava matar a jogada. Quem sabe naquele lance o Wagner acertava um chute que o Madson acertou contra o Vasco. No momento estava 1 a 0 para a gente. Se eu fui expulso e a gente ganhou os três pontos, na outra partida que eu cumpri o Atlético sentiu a falta, mas naquele momento eu achei importante os três pontos, então foi por isso que eu tomei aquela atitude."



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