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7 jan 2009 - 22h12

Um Tour pelo Couto Pereira

Como resposta à matéria de Veja – edição especial – que indica a Arena da Baixada como um dos melhores destinos do Paraná e do Brasil, a diretoria do Coritiba preparou uma contrapartida que promete abalar as estruturas do turismo local. Acompanhe a iniciativa coxa-branca:

Um Tour pelo Couto Pereira:

Na entrada, os visitantes são convidados a pular uma das roletas da Mauá, ou então a passar por baixo, o que é perfeitamente possível para visitantes de pequena estatura. O guia orienta as pessoas com delicadeza, empurrando-as caso seja necessário, o que acontece quando alguém um pouco acima do peso fica entalado.

Adentrando à reta principal, parte inferior, os visitantes podem comprovar a qualidade indiscutível da construção do estádio, pois um vergalhão à mostra exibe a marca que não deixa dúvidas: é da Gerdau. Os mais atentos podem reparar o ano do vergalhão: 1969. Intacto desde que o estádio foi construído, aquele vergalhão é um símbolo da tecnologia e conforto que esperam os visitantes no restante de sua visita.

Os visitantes são então convidados a subir para o primeiro lance de arquibancadas, quer dizer, “cadeiras”, corrige-se o guia, não sem antes orientar os turistas a olharem bem para os degraus, pois nem todos têm a mesma altura.

Feito isso, chega-se com facilidade ao segundo anel do estádio, onde todos podem observar o gramado quase perfeito. Um espetáculo! Logo acima da cabeça dos visitantes há duas torres de iluminação, com holofotes que não levam mais de 55 minutos para serem acesos. “À noite”, explica o guia, “os jogos ganham em emoção, já que o breu toma conta de algumas partes, exigindo muito mais dos atletas”, orgulha-se.

Após falar de quantas vezes Dirceu Kriger assumiu o time após o Coritiba perder Atletibas, o guia convida o grupo (composto por 2 visitantes) a ir ao outro lado do estádio, onde estão as cadeiras e as quatro cabines de imprensa. “Em dias de chuva”, explica o guia, “esta parte da visita é cancelada, pois justamente na única parte coberta do estádio é que chove mais.” “Só mesmo no Couto”, emenda com satisfação.

Abaixo das cadeiras localizam-se os confortáveis camarotes de tijolinho a vista e teto nu, pois toda a tinta foi usada na pintura dos vestiários, a próxima parada. E que parada! Em vez de se gastar com tinta verde, bastou deixar o bolor tomar conta das paredes para que elas ficassem com as cores do time. “Usamos somente a cor branca”, diz o guia, oferecendo lenços de papel para os turistas que sofrem de rinite alérgica. Os vestiários destacam-se pelo ar retrô: duchas corona da década de 70, piscinas regan de 1000 litros e 7 armários para cada equipe. – “Os jogadores podem dividir um mesmo armário, qual é o problema?”, fala o guia alviverde com certa impaciência.

Quando o tour termina, o guia se dispõe a responder perguntas e sanar dúvidas. Responde a todas, só irrita-se quando perguntam qual o maior público da história do estádio. – “Essa eu não sei, vamos à próxima.”



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