Um Tour pelo Couto Pereira
Como resposta à matéria de Veja edição especial que indica a Arena da Baixada como um dos melhores destinos do Paraná e do Brasil, a diretoria do Coritiba preparou uma contrapartida que promete abalar as estruturas do turismo local. Acompanhe a iniciativa coxa-branca:
Um Tour pelo Couto Pereira:
Na entrada, os visitantes são convidados a pular uma das roletas da Mauá, ou então a passar por baixo, o que é perfeitamente possível para visitantes de pequena estatura. O guia orienta as pessoas com delicadeza, empurrando-as caso seja necessário, o que acontece quando alguém um pouco acima do peso fica entalado.
Adentrando à reta principal, parte inferior, os visitantes podem comprovar a qualidade indiscutível da construção do estádio, pois um vergalhão à mostra exibe a marca que não deixa dúvidas: é da Gerdau. Os mais atentos podem reparar o ano do vergalhão: 1969. Intacto desde que o estádio foi construído, aquele vergalhão é um símbolo da tecnologia e conforto que esperam os visitantes no restante de sua visita.
Os visitantes são então convidados a subir para o primeiro lance de arquibancadas, quer dizer, cadeiras, corrige-se o guia, não sem antes orientar os turistas a olharem bem para os degraus, pois nem todos têm a mesma altura.
Feito isso, chega-se com facilidade ao segundo anel do estádio, onde todos podem observar o gramado quase perfeito. Um espetáculo! Logo acima da cabeça dos visitantes há duas torres de iluminação, com holofotes que não levam mais de 55 minutos para serem acesos. À noite, explica o guia, os jogos ganham em emoção, já que o breu toma conta de algumas partes, exigindo muito mais dos atletas, orgulha-se.
Após falar de quantas vezes Dirceu Kriger assumiu o time após o Coritiba perder Atletibas, o guia convida o grupo (composto por 2 visitantes) a ir ao outro lado do estádio, onde estão as cadeiras e as quatro cabines de imprensa. Em dias de chuva, explica o guia, esta parte da visita é cancelada, pois justamente na única parte coberta do estádio é que chove mais. Só mesmo no Couto, emenda com satisfação.
Abaixo das cadeiras localizam-se os confortáveis camarotes de tijolinho a vista e teto nu, pois toda a tinta foi usada na pintura dos vestiários, a próxima parada. E que parada! Em vez de se gastar com tinta verde, bastou deixar o bolor tomar conta das paredes para que elas ficassem com as cores do time. Usamos somente a cor branca, diz o guia, oferecendo lenços de papel para os turistas que sofrem de rinite alérgica. Os vestiários destacam-se pelo ar retrô: duchas corona da década de 70, piscinas regan de 1000 litros e 7 armários para cada equipe. – Os jogadores podem dividir um mesmo armário, qual é o problema?, fala o guia alviverde com certa impaciência.
Quando o tour termina, o guia se dispõe a responder perguntas e sanar dúvidas. Responde a todas, só irrita-se quando perguntam qual o maior público da história do estádio. – Essa eu não sei, vamos à próxima.