Queda de um império (resposta a Barrionuevo)
O colunista Barrionuevo foi extremamente infeliz em sua última coluna. Gastou laudas e mais laudas para dizer que tudo na vida tem um início, um meio e um fim. Tudo passa por um processo de ascendência, apogeu e decadência. Baseado na história vivida por grandes impérios, o colunista prevê o fim do futebol do coxa e do futebol argentino. Pela lógica desse colunista, é óbvio que nosso fim também não tardaria. E, é óbvio também, temos que tirar as travas de nossos olhos antes de tentar tirar a trava dos olhos dos outros. Há tempo que assumimos uma posição de destaque e parece que estagmanos, e queira Deus que não se aproxime a nossa própria decadência. Entretanto, não é sobre isso que desejo falar. Na verdade, sabemos muito bem que a medida do que somos é estabelecida pelo outro, pelos amigos e pelos inimigos. Se existe um Atlético como esse que amamos, é porque também existe um coxa que odiamos. Amor e ódio, irmanados, dão sabor à vida. Na mesma proporção que cresce nosso ódio, cresce nossa paixão. O fortalecimento de nosso inimigo também pode nos fortalecer. Deus queira que o coxa se fortaleça cada vez mais, que ainda esteja longe de atingir seu apogeu. E que nós sempre possamos superá-los, ser mais time, ser mais clube. Que a história de 2008 não se repita. Destruir seu inimigo, Barrionuevo, é se destruir também.