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12 jan 2009 - 16h53

Texto de Rafael Lemos

Meu amigo Rafael, boa tarde!

Um dos seus parágrafos cita uma coisa muito importante: “O atlético está em toda parte”.

Esta frase é de fato marcante, e deveria nos levar a uma reflexão, principalmente por existir hoje diversas opiniões sobre os vários termos atleticanos, mas inegavelmente dois grupos muitos distintos no que tange o dia a dia do Atlético.

Muitos apóiam a maneira da atual diretoria, outros os detestam, quando o correto seria sermos apenas comedidos. Que apoiássemos as decisões que julgam corretas e apupássemos àquelas que fossem julgadas ofensivas ao Atlético e sua torcida.

Seria um sonho se todos se respeitassem e que a diretoria ouvisse cada um de nós.

Seria um sonho ver o velho clima da baixada antiga em 100% dos jogos, como tantas vezes vi meu amigo Rogério Andrade pregar em suas colunas há anos.
Seria um sonho se das belas metáforas de suas colunas, Rafael, saíssem pensamentos que fossem direto ao Malucelli e outros ali dentro.

Seria um sonho ver as colunas do Sílvio serem interpretadas apenas como oposicionistas, afinal, respeitando o estilo de escrita, ele não fala nada diferente de você e do Juarez, por exemplo.

E por falar em Juarez, seria um sonho ver suas colunas serem interpretadas por todos como as de alguém que quer o melhor pro Atlético, que deu a cara a tapa em um bate chapa que todos sabíamos ser duríssimo.

Eu sou leitor assíduo da furacao.com, e pra ser sincero discordo de muita -mas muita – coisa escrita por vários dos colunistas do site.

Mas tenho a consciência: todos são atleticanos.

Aí que eu queria chegar.

Este é o problema: Hoje em dia não basta ser atleticano, tem que ser pacoteiro e petraglista.

Hoje em dia não basta ser atleticano, tem que ter a camisa oficial.
Hoje em dia não se respeita mais ninguém, e sim se defende inutilmente uma filosofia de petraglistas ou anti-petraglistas, como se isto resumisse o Atlético Paranaense.

Será que não há como abrirmos os olhos e vermos que por traz de toda essa picuinha inútil existe um Atlético Paranaense, maior que todos?

Aos ditos “petraglistas” (eu detesto este termo) fica a impressão de que o Atlético deles começou em 1995, e isso ficou latente e escancarado ao longo destes últimos anos quando vimos várias tentativas de descaracterização da marca o passado e do nome foram tentados.

Em minha opinião, o maior erro desta gestão e o real motivo que levam as rusgas não estão na forma de gerenciar, nas políticas pés no chão e afins, mas sim está nesta tentativa insana de transformar o Atlético da água para o vinho, sendo que tudo, tudo em nossa vida foi forjado com muito suor, e nada, nada nos veio de graça. Ignorar os de baixa renda por anos foi outro erro.

Por isso acho que o ceticismo não leva a nada, pois o Atlético não começou em 1995, tampouco vai acabar nas mãos de Petráglia. Estamos fazendo parte de uma história, escrevendo-a dia a dia, e parecemos estar mais preocupados sobre qual lado do muro estaremos do que com o Atlético em si.

Por isso, convoco os amigos a uma reflexão:

Existem lados neste muro?

Acho que não, pois quando o “bicho pega”, todos nós estamos lá na Baixada gritando o mesmo nome: Atlético!
Se for pra entrar numa briga, num debate, numa discussão, o faça pelo Atlético Paranaense, não pelo Petráglia, pela oposição ou sem lá quem.

Torço pelo Atlético, respeito a opinião dos demais e meu inimigo é o Coxa, não os petraglistas.

Já houve uma época em que éramos apenas atleticanos. Recentemente , por erros grotescos de nossa diretoria, criaram-se pseudo-classes de atleticanos. Ou era pacoteiro, ou era vândalo. Ou se associava, ou era falácia. Ou se aceitava os R$ 30,00 de ingresso ou fazia-se parte daqueles que precisam se drogar para ir ao estádio.

Felizmente, essa fase recente negra de descaso com seu povo, rusgas e tentativas frustradas de descaracterização de nossa história parecem ter tido um fim.

Façamos a nossa parte, participando da vida do atlético, lutando por ele, mas por favor, convoco os atleticanos a não criarem monstros internos.

Precisamos sepultar esta fase de rusgas e rancor, e não trazê-la de volta.

Parabéns por sua coluna!

Temos vários inimigos! Precisamos nos unir cada vez mais!



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