Monique Silva

Não foi nada fácil para os juniores do Atlético, mas a vaga inédita para a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior está assegurada. Num jogo dificílimo, no qual o Furacão saiu atrás no placar, os atleticanos venceram de virada por 2 a 1 e agora enfrenta o Corinthians, que venceu o Avaí nos pênaltis. As equipes decidirão a final da 40ª edição da tradicional categoria que revela craques para o futebol brasileiro domingo, no Pacaembu.

Sem poder contar com o zagueiro Manoel, o meia Willian e o atacante Eduardo Salles, o Atlético começou o jogo com Santos, Carlão, Bruno, Marcão, Raul, Fransergio, Guilherme, Lucas Sotero, Dênis, Patrick e Marcelo. A partida começou bastante movimentada entre as equipes, com muitas jogadas rápidas e predominância da posse de bola por parte dos paulistas. Logo aos 4 minutos de jogo, os jogadores do São Paulo reclamaram de um pênalti não assinalado pelo árbitro. Em seguida, o Atlético pressionou com um escanteio perigoso, que quase resultou no primeiro gol atleticano. Aos 15, uma falta no atacante Marcelo, último jogador atleticano na jogada, foi ignorada pelo juiz, que deu falta de ataque rubro-negro.

Os juniores do Atlético ofereceram perigo dois minutos depois, quando Marcelo foi puxado na pequena área e o pênalti não foi marcado pelo árbitro. Logo depois, em contra-ataque, os paulistas chegaram com facilidade à área atleticana. Wellington fez a jogada, o goleiro Santos saiu e Julio César acabou chutando para fora. A jogada amadureceu o gol do São Paulo, que aconteceu aos 20 minutos pelos pés de Oscar, que cruzou da esquerda e encontrou o zagueiro Bruno Uvini sozinho para abrir o placar na semifinal da Copinha.

Tentando parar as rápidas jogadas dos paulistas em busca do empate, os atleticanos tentaram com Marcelo e Patrick, que deram trabalho para a defesa adversária, mas pecavam no arremate ao gol. Enquanto isso, aos 37 minutos, o goleiro Santos, em grande exibição, salvou novamente e impediu a equipe de levar o segundo gol.

Virada e sufoco

Para a etapa final, o técnico Marquinhos Santos colocou a mesma equipe em campo e pediu mais atenção ao posicionamento. E surtiu resultado. Com outro espírito de jogo, os atleticanos voltaram melhor e tiveram várias oportunidades para empatar a partida logo nos 15 primeiros minutos de jogo, em lances com Fransérgio e Marcelo. Do outro lado, o tricolor respondeu com Julio César, que fez boa jogada, mas parou no excelente goleiro Santos.

Aos 13, Raul fez lançamento, a defesa paulista afastou e a bola sobrou para Marcelo. O atacante bateu, Patrick aproveitou o rebote e fez o gol, mas o juiz marcou impedimento. Dois minutos depois, Denis cobrou falta perigosa, a bola passou perto da trave esquerda do goleiro Leonardo, assustando a torcida são-paulina.

O gol de empate do Atlético iniciou aos 19 minutos, quando Batata fez jogada individual e Jackson cometeu o pênalti. Na bela cobrança de Raul, o lateral chutou no canto esquerdo do goleiro Leonardo, que pulou para o lado oposto. O empate assustou os paulistas e inflamou ainda mais a torcida atleticana, que não parou de incentivar os juniores um minuto sequer. E os rubro-negros ainda comemoravam quando Patrick lançou da esquerda e a bola encontrou Marcelo, que dominou, ajeitou com categoria e estufou as redes adversárias, virando o placar a favor do Atlético.

Depois da virada, os paulistas ainda tentaram chegar com Henrique, aos 34, desviando de cabeça com perigo, e aos 40 minutos, com Ronieli, que perdeu um gol incrível na pequena área, chutando para fora. Já nos acréscimos, Henrique recebeu sozinho, partiu para o gol e se jogou. O árbitro marcou a penalidade e Oscar partiu para a cobrança. Mas não teve para ninguém. Brilhou novamente a estrela de Santos, que defendeu o chute e garantiu a presença inédita do Atlético na final da Copinha.

ATLÉTICO
Santos; Bruno Costa, Carlão, Marcão e Raul; Fransérgio, Denis (Bruno Testa), Lucas Sotero (Douglas Catita) e Guilherme Batata; Patrick e Marcelo (Fagner)
Técnico: Marquinhos Santos

SÃO PAULO
Leonardo; Maycon, Bruno, Jackson e Jefferson; Bruno Formigoni, José Victor (Bruno Anjos), Wellington e Oscar; Julio Cezar (Ronieli) e Henrique
Técnico: Marcos Vizolli

Gols: Bruno, aos 20 minutos do primeiro tempo, Raul (pênalti), aos 20, e Marcelo, aos 22 minutos do segundo tempo
Árbitro: Marco Oliveira Sá
Estádio: Augusto Schmidt, em Rio Claro (SP)