Os comandantes do elenco atleticano

Geninho disse que não trabalharia com Petraglia [foto: JORNAL DO ESTADO/Franklin de Freitas]

A diretoria e a torcida atleticana apostam na sinergia entre o treinador Geninho e o Atlético para conquistar títulos em 2009. O técnico – campeão brasileiro pelo Furacão em 2001 e um dos responsáveis pela fuga do rebaixamento no ano passado – renovou o contrato com o clube três dias após o término do Brasileirão de 2008. Junto com Geninho, farão parte da comissão técnica atleticana os preparadores físicos Ridênio Borges (auxiliar técnico no último ano), Juvenilson de Souza, Márcio Henriques e Jean Carlo Lourenço; os auxiliares André Souto e Wanderley Filho e o preparador de goleiros Eduardo Bahia.

A única baixa foi o preparador físico Moraci Sant’Anna. Em dezembro, ele recebeu proposta do treinador Zico para trabalhar no Bunyodkor, do Uzbequistão. Aceita a proposta, o profissional se desligou do Atlético. No entanto, um mês depois, uma reviravolta mudou os rumos de Moraci para esta temporada. "No dia 5 de janeiro, o Moraci me telefonou para dizer que a ida dele para o Uzbequistão não deu certo porque o Zico havia rescindido o contrato com o time e estava indo para o CSKA e que ele estava à disposição do Atlético. Mas aí, nós já estávamos com o Ridênio efetivado na preparação física", explicou o presidente do conselho administrativo do Atlético, Marcos Malucelli.

Geninho aprova manutenção do time

O time do Atlético mudou pouco na passagem de 2008 para 2009. Três jogadores foram contratados: Jorge Preá, Lima e Marcinho, todos para o setor considerado pela torcida como o mais carente, o ataque. Além dos contratados, somam-se ao grupo o zagueiro Juninho e o volante Jairo, que voltam de empréstimo. "Ninguém está chegando aqui sem o meu aval. Às vezes, não é indicação minha, não precisa ser, mas tem que ter o meu aval. De repente vem um nome, não me agrada, eu voto o nome e isso tem sido muito respeitado. Às vezes eu coloco alguns nomes e por um ou outro motivo a diretoria não consegue a negociação também. Estamos trabalhando em uma sintonia muito grande, diretoria e comissão técnica", diz Geninho.

O treinador atleticano justifica a manutenção com o desempenho da equipe nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro de 2008. "Esse grupo teve um final de campeonato excepcional. A ponto de fazer um aproveitamento nas últimas oito partidas de 70%, acima até do aproveitamento da equipe que foi campeã. Eu quero ressaltar que esse grupo foi mantido porque respondeu bem no final do campeonato (Brasileiro)", declarou Geninho. O atacante Rafael Moura, autor de nove gols em 15 jogos no último ano, também acredita que a continuidade vai ser positiva. "O time no ano passado, depois que se acertou, conseguiu ser forte. Saímos da zona de rebaixamento e ainda conseguimos uma vaga na Sul-Americana. O Atlético se planejou, segurou os jogadores que tinha e conseguimos alguns reforços", opinou.

Treinador busca título inédito

Apesar de ter conquistado o maior título da história do Atlético, Geninho ainda não levantou a taça do Campeonato Paranaense. Em 2002, o treinador saiu do clube após a final da Copa Sul-Minas, antes do início do estadual. Naquele ano, as equipes da capital disputaram somente a fase final, batizada de Super Campeonato Paranaense. O comando do Furacão tricampeão estadual naquele ano ficou com o ex-preparador físico da equipe, Riva de Carli.

Conheça os principais nomes da comissão técnica do Atlético:

Geninho: O ex-goleiro Geninho alcançou maior destaque fora das quatro linhas. Como treinador começou a carreira no interior de São Paulo e passou por equipes do Brasil, Portugal e Arábia Saudita. Obteve destaque no futebol paranaense ao comandar o Paraná Clube no título do Módulo Amarelo da Copa João Havelange, em 2000, e principalmente com a conquista do título de Campeão Brasileiro em 2001, no Atlético. Após a conquista, permaneceu no clube até maio de 2002. Em 2008, retornou ao Furacão e ajudou a equipe a fugir do rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Ridênio Borges: Professor de educação física, Ridênio Borges trabalha como preparador físico e no ano passado auxiliou Moraci Sant’Anna no preparo físico dos jogadores. Ele chegou no Atlético em setembro, junto com o técnico Geninho. Considerado homem de confiança do treinador atleticano, já trabalhou com o técnico em diversos clubes, como Botafogo, Vasco e Atlético Mineiro. Após a saída de Moraci, foi promovido a chefe da preparação física atleticana.

André Souto: Filho de Geninho, acompanhou o pai no Santos, Sport e Atlético Mineiro. No Furacão, é auxiliar técnico de Geninho no trabalho de campo, assessoria em vídeo e tática em 3D.

Wanderley Filho: O auxiliar técnico Wanderley Filho foi contratado no início deste ano. Trabalhou com Geninho no Goiás, em 2005, e depois acompanhou o técnico no Corinthians, Sport, Atlético Mineiro e Botafogo. Com experiência como preparador de goleiros, deve ajudar também Eduardo Bahia na função.

Eduardo Bahia: Foi goleiro das categorias de base do Flamengo, mas uma lesão encerrou a carreira prematuramente. Foi contratado pelo Vitória aos 21 anos e no clube baiano revelou Dida, Fábio Costa, Felipe e Juninho. Veio para o Atlético em junho de 2008.