Balanço financeiro, 3-5-2 e Alberto
Quando questionamos, neste mesmo espaço, uma transparência financeira em nosso clube, confesso que não esperava metade do que foi feito. Parabéns, Marcos Malucelli e demais membros da diretoria! Creio que se o mesmo fosse realizado em outros clubes do Brasil, os torcedores desses times ficariam de cabelo em pé! Sabemos para quem devemos, como foram contraídas tais dívidas e como serão pagas. Isso é um privilégio que somente nós, atleticanos, temos.
O sistema 3-5-2, que nos deu um título brasileiro, só funciona com alas rápidos e bem abertos, como eram Alessandro e Fabiano em 2001. Com Netinho e Zé Antônio não funciona. Pela esquerda, Márcio Azevedo cumpre bem esse papel. Pela direita, Nei é o principal candidato. Jogar com apenas um volante, por mais que Valencia seja um leão, é suicídio. Perdemos o meio dessa forma. Não dá pra escapar de dois volantes ou, no mínimo, um volante e um ‘falso-volante’, papel desempenhado por Kléberson em 2001. Com a volta de Claiton, o meio ficaria interessante. Sem ele, Fransérgio, dos juniores, é o melhor candidato.
Confesso que quando recebi a notícia da volta de Alberto ao clube, no ano passado, fiquei eufórico (não no sentido ‘são-paulino’ da palavra). Porém, com o passar do tempo, minhas expectativas, minhas desculpas e minha paciência se esgotaram. Alberto, definitivamente, é um ex-jogador em atividade. O cara é ídolo da minha geração, consagrou Oséas e Paulo Rink com cruzamentos perfeitos, tinha um vigor físico impressionante. Porém, como vocês perceberam nos verbos acima escritos, tudo isso é passado. Nem cruzamento com a bola parada o cara está conseguindo. Aliás, nem lateral ele tá batendo! Valeu, Alberto, por tudo, mas o tempo, infelizmente, passa.