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26 fev 2009 - 13h23

Os anti, os pró e o bom senso

As coisas esquentaram nas cercanias rubro-negras nos últimos dias por conta da cisão entre a nova e a antiga gestão do CAP. Talvez a coisa que mais lamento como torcedor seja o fato de que nenhum dos lados esteja usando suficientes doses de comedimento na expressão de suas impressões, de modo que parece que tudo é “só bom aqui” ou “só bom lá”.

De minha parte, penso que aos que defendem (de maneira geral) MCP com unhas e dentes, falta um pouco de bom senso e entendimento quanto falam de seus feitos. Não acredito que haja um único atleticano que não reconheça em maior ou menor grau sua obra e dedicação. Por isso mesmo, dizer que é injustiça querer uma nova diretoria, que desejar uma nova direção ou mudanças é cometer uma grande injustiça e uma traição. Essa é uma visão muito curta.

Ninguém será injusto com ele ao querer um novo comando, ao julgar que se faz necessária uma mudança de rumo nos planos, que a insatisfação com os últimos anos nos fez pensar em sangue novo, numa nova visão. Atingimos inegável grandiosidade com tudo que já foi feito na era MCP e isso todos reconhecem. Querer mudar não desmerece nada disso. Democracia é ter opções, é justamente poder renovar, do contrário, teremos uma ditadura implantada. MCP fez muito, talvez mais que todos que já tentaram, entretanto, não por isso ele deva ficar eternamente com o controle remoto na mão.

Da mesma forma, aos radicais de plantão, aos “esquerdas-canhotas” independentemente de qual é a ideologia da direita, meu protesto. Palavras de efeito como “fora!”, “já foi tarde!” são dispensáveis e demonstram não só falta de respeito como falta de reconhecimento, de gratidão com alguém que (na pior das hipóteses) veste as mesmas cores que a gente, que bem ou mal brigou e perdeu até a razão por diversas vezes por defender e buscar fazer desse clube o maior. Nenhum líder agradou a todos o tempo todo, não seria MCP a exceção. Ainda que os últimos 3 anos tenham sido de triste lembrança ao torcedor furaconense, há um projeto gigantesco que suplanta essa decepção e foi constituído com maestria. Entretanto, da mesma forma, usar essa estrutura ou “o projeto” perenemente pra justificar a permanência da antiga cúpula no poder é uma desculpa cansada e dispensável.

Esse embate tem sido desgastante e exacerbadamente ríspido, mesmo porque sabemos demasiadamente pouco do que se passa nos bastidores dessa luta pelo poder, temos no máximo impressões e poucos dados pra conseguir discernir entre quem tem ou não razão (se é que a razão está de algum lado).

E se o justo for dar uma chance a quem ainda não teve? Não é justamente o que a torcida quer fazer com os piás da Copa SP? Dar uma chance ao novo?

A imprensa, normalmente de má vontade com nossas cores, sedenta por manchetes quentes, faz de uma pedra de gelo um iceberg pra tentar vender notícias ou pra atender a interesses que desconhecemos. Assim, é melhor senso crítico ao filtrar essas informações. Pois distorções de fatos, de entrevistas e comentários venenosos foram coisas que não faltaram nos últimos dias. Basta apanhar dois veículos de notícias diferentes e você verá na mesma manchete as diferentes intenções com ela. Isso é análise do discurso.

As partes ainda se justificarão. O tempo, por sua vez, trará informações que hoje desconhecemos. Podemos até torcer para uma reunião de forças, que seria o melhor. A nós, no momento, cabe apoiar o clube para que se concretize o crescimento almejado por todos, independentemente do partido. Caso isso não ocorra, aí sim, voltamos a defender os ideais que queremos ver concretizados.

Finalmente, na pior das hipóteses, penso que ganhamos. Afinal, hoje podemos contar com correntes de ideais divergentes pra direção do clube. Isso é democracia, pois agora podemos escolher.



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