Parte da nossa mídia é sub-reptícia, além de tendenciosa, principalmente quando o texto de opinião vem de alguém que, coincidentemente, tem o mesmo sobrenome que o meu. O Geara, segundo homem mais forte do Atlético (eu tenho a força!) ofereceu um churrasco em sua casa de campo (disseram-me que é belíssima), com direito a piscina.

Ótimo, isso é maravilhoso. A elite aproximando-se da base da pirâmide (cada vez que isso ocorre, eu morro de medo). Isso é normal, diz-me o lado prático do meu subconsciente, é um direito estendido a qualquer cidadão o de fazer o que quiser em sua propriedade, desde que lá, não se promovam tráfico de drogas e tampouco prostituição de menores. Mas, que mal há em fazer um churrasquinho aos torcedores atleticanos?

Pena que os membros da Fanáticos da Zona Sul não puderam ir, se é que os deixariam entrar lá. O que eu não consigo entender – e quero entender -, sinceramente, é o porquê de não ter saído nenhuma nota nos nossos jornais, principalmente naqueles que alardearam quando o Petraglia fez um churrasco em sua casa e convidou o mesmo pessoal que foi convidado pelo Geara.

Seria, talvez, porque Geara não vende jornal? E se o Petraglia parasse ali na Arthur Bernardes pra comer um cachorro quente? No outro dia sairia uma manchete nos jornais, mais ou menos assim: “Petraglia come o pão com vina que um coxa do diabo amassou”. Obviamente, isso venderia milhares de exemplares. Ou ainda, se o Petraglia, ao estacionar sua possante camionete em frente a uma lan house, encostasse num Fiat Mille Fire e o amassasse levemente. No outro dia sairia a seguinte mensagem: “Descontente com as críticas que tem recebido na lista Herdeiros da Baixada, Petraglia passa por cima do carro de um pobre oficial de Justiça que faz parte desse fantástico grupo de atleticanos’.

Meus caros, vocês formam opiniões, mas por favor, respeitem a nossa inteligência. O Geara foi em busca de apoio da base da pirâmide para dar legitimidade à “trairagem” aplicada contra o Petraglia. O meu medo é o de que o eixo do projeto seja abandonado. Eu e tantos outros mais votamos no Petraglia e como as coisas estavam sendo conduzidas até então. Ainda bem que três anos passam rapidamente. Estamos de olho!