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13 mar 2009 - 12h51

Deu a louca no mundo

Deu a louca no mundo atleticano. As teses da oposição foram parcialmente adotadas pela atual diretoria, eleita pela situação. Os admiradores do Grande Timoneiro choram copiosamente o afastamento do ídolo, que se movimenta nas sombras em busca do retorno triunfal. Geninho, que já foi herói eterno, é odiado por aqueles que acreditam que a história do clube começou em 1995, com o lendário “soco na mesa”. A primeira derrota do ano, para o esforçado Cianorte, ganha a dimensão de uma catástrofe.

Nervos à flor da pele, a comunidade rubro-negra protagoniza um debate sem precedentes. O que terá acontecido? Por que tamanha discórdia? O que é isso, companheiros e companheiras? Pois eu digo que isso tudo são os efeitos da queda de uma ditadura. Antes, o regime tinha expressão bem definida – uma cara arrogante, totalitária, pernóstica. Hoje, as noções de “a favor” e “contra” estão embaralhadas. Eu, por exemplo, não sei mais de que lado estou. Como sócio, votei na oposição, e nela pretendia ficar. Mas me assustei ao saber que o principal líder oposicionista de agora é justamente ele, o coronel. Como me espanto ao ver que os antigos aliados do ex-todo-poderoso finalmente se aproximaram da massa, do povão, da turba ensandecida que transforma o Joaquim Américo em caldeirão.

O Atlético pertence a todos. Essa verdade pura, cristalina, óbvia, precisava ser repetida todos os dias, durante os dias cinzentos da dinastia falaciana. Resistíamos, então, como militantes clandestinos à espera do retorno do sol. Não sei se as luzes vieram para ficar. Nem me importa identificar se pertenço ao lado “A” ou ao lado “B” da política institucional. Sei que o clube que amo, que nasceu há 85 anos, muito antes da contra-revolução que desfigurava a sua essência e matava a sua história, sei que o clube que amo está mais vivo do que nunca. Nosso time não é lá essas coisas, amargamos a falta de títulos e ídolos, faltam-nos patrocinadores e temos dificuldades financeiras. Mesmo assim, o Atlético está melhor do que antes. Faltava-lhe reconhecer que a sua grandeza é fruto de uma paixão coletiva do tamanho da vida. Feito isso, sigamos em frente.



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