Época da deriva
Estava eu vendo minha super televisão, no meu aparelho apelidado na internet de ‘jardim florido’, e pensando:
Inovar
Há 15 anos o Atlético tinha uma dupla de poloneses (poloneses, que estão na história de construção de Curitiba), um bahiano dedicado, um curitibano habilidoso e outros jogadores que queriam provar para si e para os demais que podiam sim ser jogadores de primeira linha.
Amaram o Atlético porque este também queria provar que era um clube competente.
Chegando ao ápice em 2001, quando se configurou assim: ‘olha, dou esta chance de vocês provarem, mas acho que não irão conseguir’.
E lá em 2001, com o desafio na mesa e com jogadores e técnico que antes tinham perdido vários desafios da vida, conseguiram. A torcida que há 7 anos já via que podia, mas o time sempre deixando escapar em jogos bobos, viu.
E agora, onde está a inovação? Atacante esforçado, mas não criativo. Zaga que começou a falhar. E ainda o não-desafio, a obrigação de vencer. A OBRIGAÇÃO DE GANHAR, DE ATACAR.
O Atlético precisa de desafios e não de obrigação. O Atlético parece que não sabe se comportar perante a obrigação.
Podemos aplicar a inovação de tempos atrás, trazer jogadores do leste europeu, fazer uma seleção aberta, o chamado penerão… Podemos? Podemos trazer jogadores africanos e europeus, que não falem português nem inglês, uma oportunidade que eles valorização, e não irão sair porque não falam português nem inglês.
Não me dá mais orgulho de dizer que sou contra o sistema, de algo vencedor contra o sistema. Parece que gosto de um clube que se alinhou com a corrente do rio e desligou o motor.
Estamos à deriva e vamos para onde o vento empurra.