Búúúú!
Ultimamente a torcida tem vaiado um bocado, não sei se são resquícios do autofagismo curitibano ou uma tendência nacional. Na minha humilde opinião, este pessoal que tem um prazer sinistro de apupar deveria vir de casa amado, sim, amado, bem amado, com seus respectivos amantes. Extasiados de carinho, calemos por 90 minutos nossas frustrações com o êxtase do carinho. Como bem disse já faz muito tempo um rapaz cabeludo, amar e ser amado. É piegas, dirão alguns, é pobre, é simples, é rasteiro, não sei. Pra mim vale ouro, mas é o necessário para iniciarmos qualquer empreendimento bem sucedido.
Ou então o contrário, o ódio com toda sua força e vilania, venham pra Baixada com todos os fardos de frustração, com todos os amores não correspondidos, todo o tédio do cotidiano, projetos não realizados, enfim, colocaremos todas nossas falências em cima das costas de fazer as espinhas envergarem, e chegaremos ao estádio meia hora antes do jogo uivando e com a espuma escorrendo pelo canto da boca. Depois que o a histeria chegasse ao seu êxtase, o juiz apitaria o início do jogo com a torcida descarregada. Vocês iriam ver os jogadores se contagiariam com o ambiente tão leve, o Netinho ia voar como uma andorinha, o Chico chegaria a cantar igual um sabiá.