Atlético solicitou alterações no design do ônibus à Volks
Em 2007, o Corinthians colocou um anúncio no jornal para tentar reformar o ônibus que servia para transportar os seus atletas para os jogos. Diretores da Volkswagen tiveram conhecimento do fato e resolveram fazer uma proposta ao clube: ceder um veículo moderno em troca da exposição de mídia e de alguns ingressos para as partidas da equipe.
Para impressionar o novo parceiro, a Volks resolveu disponibilizar ao clube o ônibus que era utilizado pelo presidente da empresa. Porém, assim que foi entregue, o veículo foi envolvido em um pequeno acidente.
"Logo no começo, quando entregamos o primeiro ônibus, o motorista foi dar ré e acabou encostando em um carro da Globo. Mas não aconteceu nada muito grave e mandamos arrumar rapidamente", relembrou Ricardo Barion, gerente da divisão de caminhões e ônibus da Volkswagen.
Curiosamente, dois anos depois, cena semelhante foi presenciada, mas desta vez em Pernambuco. A "barbeiragem" aconteceu quando o Náutico recebia o seu novo ônibus, batizado de "Timbus", em referência ao apelido do clube.
"Estava no momento do teste e foi uma coisa muito pequena, uma bobagem. O ônibus estava sendo manobrado de ré e houve um leve arranhão, coisa de 10 a 15 centímetros na pintura. Não houve nada mais sério", disse Marcelo Furtado, superintendente de marketing do clube.
No Santos, o problema é outro. Supersticioso, o presidente do clube, Marcelo Teixeira, teria vetado a utilização do veículo após o time ser derrotado pelo Corinthians por 1 a 0, em março, na estreia do ônibus. Oficialmente, o "Baleia 77" está na oficina para a retirada de uma mesa, pedido este feito pelo técnico Vagner Mancini.
Quem também solicitou algumas mudanças no design original do seu ônibus foi o Atlético Paranaense. Apesar de toda a disposição dos veículos ser discutida previamente com as direções dos clubes, os paranaenses pediram alguns retoques, e por isso também não estão utilizando o modelo cedido pela Volkswagen.
Mesmo com todos estes contratempos, os dirigentes são unânimes em elogiar a iniciativa e os benefícios proporcionados pelos novos veículos. "Acho essa ideia muito positiva, e os jogadores e o nosso técnico destacaram o alto padrão de conforto e utilidade do nosso ônibus", destacou José Hamilton Mandarino, vice-presidente de futebol do Vasco.
Possível patrocínio
Cientes desta predisposição da empresa a intensificar os investimentos no futebol, os clubes passaram a cobiçar uma maior aproximação com a montadora, principalmente os que já contam com uma parceria com a Volkswagen. O Vasco, por exemplo, tentou um acordo pontual, mas não teve sucesso.
Situação semelhante vive o Atlético. Sem um grande patrocínio há um ano, o clube também admite que o nome da Volkswagen esteve em pauta, mas as partes não chegaram a um acordo.
"A ideia é ampliar o relacionamento com os atuais parceiros, inclusive com a Volkswagen. Somos abordados e temos consultado diversas empresas, e uma delas foi a Volks, mas não tem nada definido ainda", admitiu Roberto Karam, membro da coordenação geral de marketing do Atlético.
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