Todo poderoso? Pelo menos não aqui na Baixada. O jogo de ontem foi mais uma constatação de quando um time entra ligado e com gana da vencer, sai vitorioso.

Ontem estava um clima diferente na Baixada. A torcida voltou a ser aquela velha torcida que sempre foi apoiando o time em todas as jogadas. Lembrou-me muito aquele 3 a 2 contra o Santos em 2005 pela Libertadores. É gostoso ver um Atlético competitivo, vibrante e determinado.

O jogo em si mostrou um Atlético rápido pela primeira vez no ano, e usando bem o esquema 3-5-2, onde finalmente os alas atacaram o adversário. Foi bonito ver o time virando o jogo e jogando nas costas dos laterais da equipe de paulistana. A marcação no meio foi frágil, onde a dupla Jairo e Fransérgio se mostrou até voluntariosa, mas não com uma marcação eficiente. Em alguns lances o bom camisa 7 do Corinthians driblava todo mundo. Foi um primeiro tempo quase perfeito, que a muito tempo, eu particularmente, não via.

O segundo tempo começou muito bem para as nossas pretensões e achei correta a alteração de seu Geninho, colocando o Chico no meio. Conseguimos um terceiro gol em muito boa hora.

Porém, o time começou a se desgastar devido a correria imposta no primeiro tempo. Wallysson, Marcinho e Jairo estavam visivelmente esgotados, mas não menos voluntariosos.

Devido a isso perdemos o contra-ataque, e ao meu ver nesse ponto seu Geninho errou. Deveria ter tirado um dos ataques e colocar o Júlio César, e colocar mais alguém no meio pra ajudar na marcação. Fechar de vez o jogo. Mas ele não fez isso.

Sem contar naquele juizinho, do qual não me falta adjetivos para qualificá-lo. Ele operou o Atlético. Fez o que quis e o que não quis. Qualquer esbarro no camisa 9 deles era falta, não dava faltas claras nos nossos atacantes. Inventou um pênalti. Inventou a falta do gol. Não marcou falta no Rafael Moura no segundo gol do adversário. Deu um cartão amarelo ao Antonio Carlos sem motivo algum, deixando o jogador com receio em fazer faltas. Não expulsou aquele tal de Dentinho e nem ao menos marcou falta no lance da agressão. Um desrespeito com a Instituição e com a torcida atleticana, mostrando claramente que interesses obscuros e econômicos estão por trás do futebol, infelizmente.

Seria horrível para uma emissora não ter um Corinthians com Ronaldo na final de uma Copa do Brasil, imagine quanto perderia de audiência, de divulgação. Mas é o que vai acontecer.

Mais uma vez, lá se vai o Atlético em sua cruzada contra os times paulistas. Contra tudo e contra todos, iremos eliminar o tal do todo poderoso lá dentro do Pacaembu. Estádio esse que já foi palco de alguns feitos atleticanos. O mais recente foi os 5 a 0 em 2004, onde Jadson fez cair o mundo naquela noite.

Eu confio, não perdi a fé mesmo depois dos 2 gols no final do jogo. Jogamos muito bem, muitos estão esquecendo que VENCEMOS a partida. Os dois gols deles foram na sorte, com a ajuda daquele safado, e por algumas falhas nossa. Mas mesmo assim, a vantagem é nossa. Estão dando como certa a passagem deles para a próxima fase, pisando por cima de toda uma história, de toda uma estrutura pautada de muita luta e principalmente, pela honra e dignidade dos jogadores atleticanos.

É revoltante ver jornalistas tirando sarro do nosso Rafael Moura, desdenhando de sua qualidade e de seu apelido. Revoltante também foi a capa daquele jornalzinho de quinta categoria, que além de ofensiva e totalmente inapropriada, tem pessoas muito incompetentes. O editor de tal jornal deve ser mandando embora, pois tal atitude é passível de indenização tanto ao jogador quanto à Instituição. Além de que foi muito burra, pois o mesmo jornalzinho terá que engolir e colocar em sua capa a seguinte frase no próximo domingo: “Atlético, Campeão Paranaense de 2009.”

Voltando à Copa do Brasil, no jogo da volta o time tem que entrar com alma de guerreiro. Entrar como se fosse a final de uma Copa do Mundo, pois não será fácil. Será mais uma vez, contra tudo e contra todos. E que morram os pessimistas! O nosso time pode não ser o time dos sonhos, mas tem toda a capacidade de ser campeão dessa Copa. Apoio nunca faltará

E não será qualquer recém-vindo de uma serie B que nos eliminará. Não dessa vez.

Vamos, Furacão, todos nós conhecemos o seu valor. Pra cima deles!