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15 maio 2009 - 7h55

Preás e Micos

Amigos, nem tudo são notícias ruins. Algumas são piores e outras eram aguardadas há muito tempo. O fato de o Júlio César ter ido embora foi bom, tanto para ele quanto para nós. Com isso não correremos o risco de vê-lo entrar no lugar do Wallysson como esperança de gol (?), para poderem dizer mais tarde que o menino sentiu a camisa. O Lima não conseguiu ficar doce nessa sua nova passagem.

E o que dizer daquele que foi sem ter vindo, o Preá? Ora, quem o “preou” que cuide dele!

Devolver o Preá aos seus criadores é uma atitude sensata. Quem o colocou num tubo de ensaio tentando transformá-lo num jogador de futebol é um louco, um alquimista alucinado. Nunca vi um jogador tão ruim como o Preá.

Porém, uma coisa não ficou clara nesse negócio, senão vejamos: o Geninho não queria mais o Danilo em nosso time. Certo. Nisso ele estava certo, porque deve haver comando, uma hierarquia de poder para que a coisa funcione como deve funcionar. Aliás, um comando forte está fazendo uma falta danada no Atlético. No entanto, o Danilo faz parte do patrimônio do clube. O clube investiu muito nesse jogador, e ninguém gosta de queimar dinheiro.

Como o Palmeiras queria muito o Danilo, vieram a Curitiba para negociar uma forma de ficar com esse jogador. A negociação foi dura e a proposta do Atlético e do Petraglia era de 300 mil Euros pelo empréstimo. Negócio prestes a ser fechado, faltando pequenos acertos, o Petraglia foi a Londres para tratar de assuntos particulares e de mais algumas coisas do Atlético.

Quando aquele dirigente voltou na semana seguinte, ficou sabendo que o empréstimo fora realizado e saíra por 100 mil Euros e mais o empréstimo de um jogador chamado Preá, com os salários a serem pagos pelo Palmeiras. Como se diz no mundo da bola: ‘pra se livrar do Preá, fazemos qualquer negócio’! Preá? O Petraglia sabia quem era o Preá.

Logicamente, quem conhece aquele dirigente, pode imaginar qual teria sido a sua reação ao ver o Atlético ser “jantado” tão ingenuamente como o fora. O Luxemburgo ‘deitou e rolou’ em cima do Marcos Malucelli.

Não satisfeito com o desfecho do negócio, o Petraglia tentou descobrir o porquê de tal distorção junto aos protagonistas do fatídico negócio. Tentou, somente tentou, porque os responsáveis pela “Operação Preᔠfugiam dele.

Deste incidente nasceu a decepção inicial com o Sr. Marcos Malucelli, que culminou mais tarde com o afastamento do Petraglia e a benção definitiva do Luxemburgo para o Sr. Marcos Malucelli.

Ora, pedir benção é um direito de cada cidadão. Pode-se pedir benção a Deus, ao Milton Neves, à Fanáticos, ao dono do Restaurante Madalosso, ao Cirino dos Coxas, ao Airton Cordeiro da Transamérica, enfim, isso é um direito inalienável, mas esse direito se perde quando causa prejuízo ao Clube Atlético Paranaense.

Onde foram parar os 200 mil Euros que entrariam em nossos cofres e foram trocados pelo Preá? Quem ressarcirá esse valor ao Atlético? O Luxemburgo não é sócio do irmão do Sergio Malucelli em alguns jogadores? O Luxemburgo tem alguma coisa a ver com a Traffic? Por que o nosso Malucelli faz tantos negócios com essa empresa? O Malucelli não é advogado do Luxemburgo em algumas ações?

Talvez não haja nada de obscuro nessas alianças. Fazer negócio com quem quer que seja também é um direito constitucional, mas certos negócios, como esse do Preá, foram no mínimo muito estranhos.

Será que não está havendo nenhuma mistura de interesses? Não sei, quem pode falar alguma coisa sobre isso são os próprios envolvidos. Por questão de ética não deveria haver negócios entre essas partes, negócios que envolvessem interesses do Atlético.

Não basta devolver o Preá ao seu criador, tem que explicar isso com mais clareza e transparência aos atleticanos, afinal o Atlético é dos atleticanos, e além do mais, transparência não é um dos temas preferidos do Marcos Malucelli?

Devolver o Preá a quem o “preou” era o mínimo que se podia aguardar. Espera-se que no futuro não se deixem mais ser emprenhados com tanta facilidade como foram.

No tempo do Petraglia essa não era a nossa especialidade. Naquele tempo nós éramos elementos ativos e não passivos nas relações comerciais. Por ter vendido o Rogerinho por um milhão e trezentos mil, o Lucas por vinte 20 milhões, a dupla Paulo Rink e o Oseas por 15 milhões, o Kleberson por 10 milhões, o Fernandinho por 13 milhões, e o Jadson por 7 milhões, todos eles em dólares – só para citar alguns nomes mais conhecidos -, o Petraglia deve entender muito dessa arte.

Os fenícios eram especialistas nisso. Poucos dentre nós têm esse dom. O Petraglia é muito bom nessa área. Ficar sem esse talento no Atlético não é uma atitude sensata e tampouco inteligente. O clube poderá pagar caro por tal posicionamento. Muitos “preás” e micos poderão aportar na Baixada.

O Luxemburgo se deu bem nesse negócio, pois o Danilo tem feito boas partidas pelo Palmeiras e o Preá, bem, o Preá, deixa pra lá, é melhor ficar por aqui mesmo, antes que eu tenha que dar bom dia para Oficial de Justiça.

Amigos, manter o Atlético forte e fazê-lo crescer 20% ao ano dentro de um projeto pré-estabelecido é uma tarefa extraordinária, não é para qualquer um.

Outra coisa que me intriga muito na atual administração é a dependência que ela sofre da Torcida Organizada Fanáticos. Parece-me que Marcos Malucelli e Geara tornaram-se, definitivamente, reféns dessa facção organizada. Jamais o Petraglia se prestaria a tal papel. As organizadas estão com os dias contados no futebol. O tempo mostrará isso.



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