Atlético envergonha torcida na Arena mais uma vez
O Atlético foi derrotado por 3 a 2 para o Náutico em jogo da terceira rodada do Campeonato Brasileiro realizado na tarde deste domingo na Arena da Baixada. Foi a segunda derrota consecutiva do Rubro-Negro em casa, para decepção da torcida. Além da vergonha de mais uma derrota, ficou o gosto amargo de uma atuação decepcionante especialmente na segunda etapa.
Até o intervalo do jogo, as chances de mais um desastre na Baixada pareciam remotas. Mesmo não jogando bem, o Atlético vencia por 2 a 0 e só uma catástrofe tiraria a vitória. Pois foi o que ocorreu na etapa final. O time levou três gols e sofreu a primeira derrota em Curitiba diante do Náutico em toda a história.
No primeiro tempo, postado no sistema 4-4-2, o Atlético dominou as ações. O primeiro lance de perigo aconteceu aos 3 minutos, quando Marcinho cruzou uma bola para a área e Chico tentou o desvio, porém a zaga do time alvirrubro afastou para escanteio. Logo na sequência, foi a vez de o Náutico assustar o gol defendido por Galatto. Rafael Santos errou na saída de bola e perdeu para Derley. Ele cruzou rasteiro para Gilmar, que, com o gol vazio, chutou para fora. Parecia um alerta para os atleticanos: não se pode falhar clamorosamente em jogos do Campeonato Brasileiro.
Após o susto, o Atlético resolveu acordar e passou a pressionar o adversário, principalmente com as movimentações de Wesley e Wallyson. Aos 14 e aos 15 minutos, duas boas jogadas do ataque atleticano. Os lances empolgaram a torcida rubro-negra, que sentia que o gol atleticano começava a amadurecer. E foi o que aconteceu.
Aos 24 minutos, em um lance despretensioso, Wallyson acreditou na jogada e anotou o primeiro gol da partida. Márcio Azevedo fez a jogada pela esquerda e adiantou demais a bola, mas o zagueiro Asprilla e o goleiro Eduardo bateram cabeça e Wallyson apareceu para dar um leve toque e desviar a bola para o gol.
Nove minutos após abrir o placar, novamente Wallyson marcou para o Atlético. Wesley avançou em direção a área, dividiu com o zagueiro e a bola sobrou limpa para o garoto Wallyson. Com tranquilidade, ele driblou o goleiro e empurrou a bola para o gol. Festa rubro-negra na Baixada.
O primeiro tempo terminou com o Atlético dominando as ações e não dando espaço para o Náutico. Os mais de 14 mil atleticanos presentes acreditavam que o time poderia ter sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro de forma tranquila, sem sustos. Ledo engano.
Desastre
Veio o segundo tempo e a vantagem que era confortável começou a desmoronar. O Náutico voltou do intervalo mais ofensivo, com o atacante Anderson Lessa no lugar do volante Eduardo Eré. O resultado foi imediato. Logo aos 3 minutos, Galatto cortou um cruzamento que veio pelo direita, porém o soco na bola foi fraco e caiu nos pés do zagueiro Gladstone. De fora da área, ele bateu colocado no canto e não perdoou a falha do goleiro.
O gol foi um banho de água fria e ficou nítido que o time se abalou de modo irreversível. O técnico Geninho, tentando dar mais força defensiva ao time, sacou Wesley, um dos melhores do primeiro tempo, e colocou o zagueiro Gustavo em seu lugar. Mas o tiro saiu pela culatra. Logo depois, o Náutico chegou ao empate. Em cobrança de escanteio pela direita, Carlinhos Bala centrou para a área e Galatto, sozinho na pequena área, não conseguiu segurar a bola. Inexplicavelmente, ele soltou a bola nos pés de Anderson Lessa. Partida empatada, para incredulidade dos presentes.
O gol de empate do Náutico desestabilizou o Atlético e o que se viu a partir de então foi uma tentativa descoordenada de chegar ao gol adversário. Já o Náutico passou a se fechar ainda mais na defesa e aproveitar os contra-ataques oferecidos pelos espaços que o time atleticano deixava. Wallyson, o mais lúcido do time, arriscou de fora da área aos 16 minutos e arrancou o uhhh da torcida. O chute desviou no pé do zagueiro Asprilla e quase encobriu o goleiro Eduardo, porém a bola caprichosamente saiu rente à trave esquerda.
Tentando dar mais mobilidade ao time, Geninho sacou Marcinho, que não conseguiu se desvencilhar da forte marcação e colocou o meia Pimba em seu lugar. A alteração não surtiu efeito, mais uma vez. O Timbu continuava sua forte marcação e não dava espaços para o Atlético.
Insatisfeito com a inércia do time, Geninho foi para o tudo ou nada e colocou o atacante Patrick, revelação da base do Atlético, no lugar do lateral-esquerda Márcio Azevedo. Em seu primeiro lance, Patrick protegeu bem uma bola dentro da área e rolou para Rafael Moura chutar na trave. Estava desperdiçada a última chance de vencer um jogo importante.
O que já era ruim ficou pior aos 38 minutos. Mesmo contra um time que tinha dois volantes (Rafael Miranda e Chico) e três zagueiros (Gustavo, Antônio Carlos e Rafael Santos), Anderson Lessa apareceu livre na entrada da área e chutou no canto direito de Galatto, que desta vez nada pode fazer, decretando a virada para o Timbu.
Nos minutos finais, já impaciente, a torcida atleticana passou a vaiar o time, que encerrou a partida com 10 atletas em campo, já que Wallyson saiu machucado e o técnico Geninho já havia feito as três alterações.
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