O Imperador, seus súditos e… os ‘bobos’
Num reino distante, em terras européias, havia um Rei muito triste que gostava de empinar pipas, mas naquele reino ninguém fazia a sua vontade, até que com muita luta ele conseguiu retornar ao seu castelo no Brasil. Instalou-se no Rio de Janeiro, onde reconquistou seus súditos, suas pipas e principalmente sua alegria para reinar. Todos que o visitam aplaudem e reverenciam sua Majestade.
No dia de sua posse no Reino das Pipas, o serviço de meteorologia apontava para um furacão vindo do sul que passaria por aquelas imediações, podendo causar algum transtorno à festa de posse, mas o serviço de meteorologia mais uma vez falhou e a festa foi perfeita. O furacão que se previa acalmou-se, ficou mansinho como um zéfiro e passou desapercebido pelas terras do Imperador das Pipas.
Na festa, milhares de pessoas o saudavam na grande arena do seu castelo, onde uns riam e se divertiam, enquanto outros, amedrontados, apenas ajoelhavam-se aos seus pés idolatrando-o. Mantinham uma certa distância dele, conforme o Estatuto da Corte, e não ousavam contrariá-lo, deixando-o à vontade para que ele fizesse tudo aquilo a que tinha direito, afinal era sua posse.
O medo imperava em seus adversários ao ponto de se sentirem derrotados antes mesmo de lutar, correndo de um lado para o outro meio estonteados, ficando sempre longe do Imperador, pois, assim fazendo estariam a salvo das garras dos súditos que os olhavam com raiva.
Assim foi a posse do Imperador das Pipas em seu velho território, onde ganhou muito aplausos de seus súditos, sem ser molestado pelos… ‘bobos’, os quais não pertencem àquele Reino.