Apesar de ter ficado dez dias afastado dos treinamentos com bola, o meia Paulo Baier disse que quer estrear no Atlético contra o Sport, seu ex-clube, sábado que vem no Recife, pelo Campeonato Brasileiro. O jogador rescindiu o contrato com o clube pernambucano na semana passada e se transferiu para a Arena da Baixada.
"Eu fiquei dez dias parado, mas em termos. Estava treinando fora do grupo, fazendo musculação, mas estou à disposição para ir pro jogo, sim. Este negócio de falar em dez dias pra treinar, pra mim não serve. Quero estar junto com o grupo, quero estar à disposição para ajudar o Atlético", disse ele, em sua primeira entrevista coletiva, no CT do Caju.
O experiente jogador, de 34 anos, disse que, apesar de estar há apenas três dias no clube, já conversou com os companheiros sobre a situação difícil no Brasileiro. Para ele, a receita é simples: união.
"Quem resolve são os jogadores. O momento é de se fechar, de se unir, começar do zero, pois precisamos somar pontos e precisa ir todo mundo junto, senão não vai", comentou.
Baier foi contratado a pedido de Geninho, que deixou o clube no domingo passado. Ele admitiu que o convite pessoal do treinador foi determinante para sua vinda, mas que a saída do técnico não vai influir no seu trabalho.
"Realmente, foi por causa do Geninho minha vinda para o Atlético, logicamente vim com a intenção de permanecer. Infelizmente, isto são coisas do futebol. Até conversei com o Geninho, dei uma satisfação pra ele, vim por causa dele, pra ajudá-lo. Ele me deixou à vontade. Eu falei: então vou dar minha sequência, para ajudar o Atlético", declarou.
Após a derrota por 4 a 0 para o Atlético-MG, no domingo passado, correram boatos de haver uma racha no time. Baier negou, mas revelou que houve uma conversa sobre a necessidade de mais união entre os atletas.
"Faltava ter uma conversa. Não tinha nenhum racha. Desde que cheguei não vi nada disto, pelo contrário. O grupo é jovem, mas muito fechado. A gente conversou e colocamos que temos que nos unir. Se a gente não se fechar, não correr um pro outro, a gente não vai a lugar nenhum", finalizou.