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10 jun 2009 - 21h36

Turbulência

Creio que uma das situações que mais ilustram o sentimento de impotência do ser humano é enfrentar uma “turbulência” quando se está a bordo de uma aeronave, no momento em que esta cruza uma área de instabilidade meteorológica.

Para aqueles que, assim como este que vos fala, geralmente por força da profissão, acabam tendo que empreender viagens para vários cantos do país, muitas delas por via aérea, sabem que situações como esta, embora indesejáveis, são corriqueiras e fazem parte da rotina de quem se utiliza do avião como meio de transporte.

É mesmo uma situação pra lá de desconfortante, nada agradável.

Nessas horas em que o avião chacoalha e balança, em meio a avisos de “apertem os cintos”, não há absolutamente nada a se fazer, a não ser rezar pedindo para que tudo acabe rápido e bem – como, de fato, é o que ocorre, salvo raríssimas (porém trágicas) exceções.

Guardadas as devidas proporções, momentos de turbulência também ocorrem nas mais variadas situações de nosso dia-a-dia, ocorre na nossa família, no nosso trabalho; tem dias, momentos e até mesmo períodos em que nada parece dar certo.

Mas quais as causas a desencadear uma turbulência? Seriam nossas atitudes pretéritas? Seria o nosso “inferno astral”? Seria culpa de terceiros? Enfim, nem nós sabemos ao certo porque temos que passar por situações desagradáveis em nosso cotidiano, mas o fato é que a vida é assim.

Com o Clube Atlético Paranaense, como instituição que é, dirigida por seres humanos, dotados de falibilidade, também não poderia ser diferente. O momento atual é mais uma turbulência nesta zona de instabilidade que o clube vive nos últimos quatro, cinco anos.

A diferença é que neste caso, não precisamos obrigatoriamente – e nem devemos – nos sentir impotentes.

Diretoria e comissão técnica, agindo. Jogadores, lutando. Torcida, cobrando, porém, sem deixar de incentivar.

Murro na mesa, desmanche de “panelinhas”, verdade na cara, doa quem doer; mas, principalmente, não se omitir jamais (esta última vale para todos nós, diretoria, comissão, atletas e torcedores).

Uma atitude tomada pela atual cúpula pode não ter agradado a grande maioria de nós (eu mesmo confesso que esperava outros nomes para treinador…), a qual realmente, ao menos aparentemente, nos remonta aos recentes filmes dos últimos anos, mas não vamos chorar o leite derramado, pois ainda temos 33 rodadas pela frente e, bem ou mal, algo foi feito, ao menos, no começo. Lembrem que bons nomes como o Paulo Baier e o Professor Riva também estão chegando por aí.

Repito o que já vivo dizendo aos amigos rubro-regros: não posso acreditar que, mesmo sabendo que o atual elenco não é a oitava maravilha do mundo, jogadores como Marcinho tenham esquecido seu futebol na terra do sol nascente, que o Galatto de uma hora para outra virou frangueiro, e que o outrora lutador Rafael Moura tenha virado um jogador displicente e desinteressado. Não, as pessoas não desaprendem a jogar futebol de uma hora pra outra.

Para terminar, voltando ao assunto tráfego aéreo, conto aos amigos que, para passar o tempo durante as intermináveis horas de espera no aeroporto, e ao me dar conta que havia esquecido de trazer um livro qualquer da minha estante, comprei a revista “Fut” editada pelo Lance, uma espécie de concorrente da Placar, a qual traz uma matéria acerca dos planos de sócios-torcedores dos grandes clubes brasileiros.

Em um determinado momento desta matéria, o jornalista que a assina monta uma espécie de tabela com as providências tomadas pelos grandes clubes do futebol brasileiro, neste sentido. Alguns, como o Flamengo, não pensam em criar qualquer campanha desta natureza, indo na contramão do processo de modernização pelo qual passa o futebol brasileiro e mundial. Outros ainda engatinham nesta questão, como o Corinthians e o Santos.

Não bastasse o fato de sermos o único clube paranaense citado nesta tabela composta por quatorze agremiações, somos alçados, nesta categoria, ao lado de clubes como o Internacional, sendo que fomos citados como exemplo em depoimentos de dirigentes do Cruzeiro e São Paulo, o que demonstra que, embora estrutura não seja tudo se não há reflexo no produto “futebol”, somos grandes demais, nossa torcida pensa grande, nossa torcida é diferenciada, sendo inaceitável que muitos de nós passem a jogar a toalha desde já.

Enfim, amigos, na próxima partida não tenho dúvidas que deveremos estar lá incentivando e apoiando o Atlético para sair desta turbulência o mais rápido possível, e que, mesmo sabendo de nossas limitações, um “céu de brigadeiro” possa nos aguardar mais à frente.



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