24 jun 2009 - 9h52

Arena 10 anos: não dá para esquecer

São dez anos de história, dez anos de alegrias, raivas, vitórias, derrotas. Mas, principalmente, são dez anos de emoções sentidas dentro da Arena da Baixada. nesse período, o Atlético entrou em campo 346 vezes no estádio. Cada jogo com uma história diferente, com uma emoção diferente. A maioria deles, inesquecíveis.

Para celebrar esse momento histórico da Arena da Baixada, a Furacao.com pediu para que jogadores, torcedores e jornalistas indicassem um jogo inesquecível no estádio, de 1999 até agora. Histórias de grandes vitórias, de superação…. um pouco da vida e da trajetória vencedora do Atlético na última década pode ser resumida nessas partidas.

“Fica difícil dizer uma partida pois foram tantas emocionantes, como a vitória contra o Bahia, em 2001, a final em 2001 contra o São Caetano, o jogo contra o Chivas na semifinal da Libertadores 2005… Como tenho que escolher um jogo, digo que contra o Santos, nas quarta-de-final da Libertadores. Jogamos um tempo e meio com um jogador a menos e vencemos o Santos de Robinho, David, Léo e companhia. Graças a Deus tive um bom desempenho nesse jogo e pude ajudar o Atlético a começar a classificação à semifinal do torneio.” – Cocito, volante que atuou no Atlético.

“São vários jogos inesquecíveis, mas tem duas partidas que estão marcadas para mim. Em 2004, Atlético e São Caetano, quando vencemos por 5 a 2. Vínhamos daquele fatídico 3 a 3 com o Grêmio e precisávamos vencer o jogo de qualquer jeito. Começamos perdendo, mas no segundo tempo conseguimos virar o jogo e seguir na briga pelo título do Brasileiro. O outro jogo foi na Copa do Brasil, contra o Vitória, quando na primeira partida perdemos de 4 a 1 e precisávamos vencer por 3 a 0, resultado que conseguimos graças ao fator Arena. O apoio do torcedor, que vibrou os 90 minutos, realmente naquela noite a Arena estava com uma energia super-positiva e graças a tudo isso conseguimos o resultado.” – Marcão, lateral-esquerda e zagueiro que atuou no Atlético de 2004 a 2005

“A final do Brasileirão de 2001. Tudo bem que o Atlético tinha um timaço, mas o calor da torcida no estádio liquidou o São Caetano, que entrou e saiu zonzo da Arena da Baixada.” – Diogo Olivier, repórter do jornal Zero Hora (RS)

“ Meu jogo inesquecível foi a final do Brasileirão de 2001contra o são Caetano. Acho que o estádio fez toda a diferença. O som do estádio entra para o campo. No início os clubes estranhavam mais, agora estão um pouco mais acostumados.” -Sérgio Xavier, repórter da Revista Placar

“Foram muitos jogos, difícil destacar um só. Mas, está muito vivo ainda na minha memória o jogo contra o Chivas Guadalajara, pela semifinal da Libertadores 2005, em que o Atlético venceu por 3 a 0, dando um passo muito grande e abrindo uma vantagem para o segundo jogo no México. Esse jogo foi o início da entrada do Atlético na seleta galeria de clubes brasileiros que decidiram a competição mais importante da América. O outro foi o Atletiba que nos deu o título de campeão Paranaense em 2005.” -Diego, goleiro que atuou no Atlético.

“O meu jogo inesquecível na Arena da Baixada na verdade foram dois. É impossível dissociar a beleza técnica daquelas duas partidas, a disputa eletrizante entre as equipes, a aplicação e o talento dos jogadores sem esquecer, é claro, da importância histórica dos acontecimentos já que foram encontros semifinal e final do Campeonato Brasileiro de 2001. O Atlético venceu o Fluminense por 3 a 2, com três antológicos gols de Alex Mineiro em um dos jogos mais disputados de todos os tempos, com impressionante alternância no escore até o último gol e o apito final do árbitro que levou a torcida atleticana ao delírio. Em seguida, o difícil e emocionante triunfo sobre o São Caetano, na primeira final que deu o título de campeão ao Furacão no jogo seguinte na casa do adversário. Houve de tudo um pouco naquele jogo na Arena da Baixada e sentia-se a eletricidade do público no ar, tamanha a expectativa, o nervosismo, a emoção e, afinal, a comoção geral. -Carneiro Neto, comentarista esportivo

“São dois jogos que me marcaram muito: Atlético x São Caetano, em 2001, que abriu caminho para o título Brasileiro do Atlético, e o jogo da Seleção Brasileira contra a Letônia, em 99. São momentos importantes da história do futebol paranaense dos quais tive o privilégio de participar das transmissões da Rede Globo, mostrando esses momentos para todo o Brasil.” – Gil Rocha, jornalista esportivo

“É difícil ser objetivo com relação ao jogo inesquecível dentro da Arena. Mas, tenho um que para mim foi marcante: Atlético 2, Flamengo 1. Perdíamos por um a zero até quase o final, quando Washington empatou. Já no apagar das luzes, o Júlio César (este da Seleção Brasileira, considerado pela imprensa como o melhor do mundo atualmente) resolveu fazer uma gracinha, tentando pegar a bola na lateral direita de sua grande área. A bola lhe escapou das mãos e o mesmo Washington lhe tomou a bola, partindo para o gol. Júlio César não teve o que fazer: segurou o centroavante. Pênalti. Washington bateu e ganhamos por 2 a 1, no finzinho da partida.” – Valério Hoerner Junior, professor e historiador. Co-autor do livro "Atlético: a paixão de um povo" e um dos maiores conhecedores da história do nosso Rubro-Negro

“Sem dúvida Atlético 6 x 4 Vasco da Gama, no dia 01/11/2006, pelo Brasileirão. O jogo foi inesquecível porque os dois times jogaram muito. Não lembro de um jogo tão bem disputado na Arena.” -Sérgio Surugi Siqueira, colunista da Furacao.com

“Vai soar meio clichê, mas o meu jogo inesquecível na Arena da Baixada foi o da final do Campeonato Brasileiro de 2001, contra o São Caetano. Pelas seguintes razões: tratava-se do jogo mais importante da história do Atlético e nós ganhamos, o jogo em si, tecnicamente, foi muito bom, com duas viradas e por fim pela festa que a torcida atleticana fez antes, durante e depois do jogo que foi simplesmente fabulosa.” Rodrigo Abud, colunista da Furacao.com

“No fundo, no fundo, não tenho preferência especial por algum jogo realizado na Arena, que fosse aquele jogo da alma, isto é, um jogo inesquecível. Caso valesse também o velho Estádio Joaquim Américo, teria alguns exemplos a dar. Mas, não vou me omitir e respondo a sua pergunta: um jogo que me tocou foi Atlético 3 x 2 Santos, jogo das quartas-de-final da Libertadores, realizado em 2005. Recuperando a memória, o Atlético vinha de 6 derrotas consecutivas no Brasileirão e havia se classificado na Libertadores com o resultado de Assunção, quando não havia mais esperanças. Nessa época, o Santos tinha o melhor time do Brasil, com Elano, Robinho, Diego & Cia., treinado pelo Luxemburgo. O pior é que saímos atrás e ainda no 1° tempo ficamos com 10 jogadores pela expulsão do Alan Bahia, marcador do Robinho. Nunca vi o time correr tanto, treinados pelo Delegado Antônio Lopes, então recém-contratado. Portanto, no baú da memória, considero que neste jogo, o Atlético foi o autêntico FURACÃO.” – Carlos Roberto Antunes dos Santos, colunista da Furacao.com

“O jogo inesquecível que eu vi na nova Baixada foi o 6 x 3 contra o Bahia, que classificou o Furacão matematicamente para a segunda fase do Brasileirão em 2001. Foram 90 minutos atípicos, a começar pelo horário do apito inicial, marcado para as 18h30 de um dia de semana. Grande parte da torcida chegou com a bola já rolando. A partida estava amarrada: 3 a 3 na metade do segundo tempo. Então o time decidiu que queria vencer. Geninho tirou um volante e colocou mais um atacante. Não demos nem chances aos baianos respirarem durante os minutos finais. Três de Kléber, dois de Alex Mineiro, um de Adauto. Quatro dos seis foram verdadeiras pinturas.” -Daniel Machado, colunista da Furacao.com

“Foram vários os jogos inesquecíveis! Mas o Atlético 3 x 2 Santos, pela Libertadores, realmente foi demais. Parecia impossível derrotar aquele timaço do Santos – ainda mais com 10 jogadores em campo desde o 1º tempo – e, por isso esse jogo entrou para a nossa história. Imperou a mística da Baixada, a raça rubro-negra e o poder da união entre time e torcida! Outro jogo muito eletrizante, sem dúvida, foi o jogo das "viradas" em 2006 quando derrotamos o Vasco por 6 x 4. Teve até gol de cabeça do pequeno gigante Ferreira!” – Michele Toardik, colunista da Furacao.com

“Atlético 3 X 2 Fluminense pela semi final de 2001. Além de achar que o Flu tinha um time melhor que o nosso tecnicamente, havia um clima, uma certa torcida nacional, já que o Fluminense é um time tido como simpático Brasil afora, menos pra gente por questões óbvias, para eles. Tava uma coisa meio de volta por cima após dois rebaixamentos seguidos (e sempre se esquecem de lembrar do tapetão que os alçou da terceirona direto para a primeira), uma revolução no time das Laranjeiras e por eles terem sido o único clube que nos venceu na fase inicial dentro da Baixada achei aquela vitória sensacional. O canelinha de vidro Roger falava antes da partida de uma possível violência atleticana e acabou ele expulso por entrada violenta. Ficamos atrás no marcador, viramos, eles empataram e fizemos o último gol quando não havia mais tempo para reação do adversário. E ali se sedimentava o mito em torno do inesquecível Alex Mineiro. Para mim, o jogo da história da Arena da Baixada.” -Juarez Villela Filho, colunista da Furacao.com

“Vou fugir um pouco da história do Campeonato Brasileiro e da Libertadores, os quais tiveram jogos marcantes. Fico com o jogo da Copa do Brasil em 2007, quando ganhamos do Vitória por 3 a 0. Havíamos perdido o primeiro jogo em Salvador por 4 a 1 e este único gol que fizemos fora de casa nos obrigava a fazer um placar mínimo de três gols de diferença e não sofrer nenhum gol do adversário. Reverter um jogo perdido já é considerado complicado, quando se toma uma goleada as dificuldades aumentam. Porém, naquela noite estava tudo conspirando a nosso favor. Especialmente a energia, em sintonia com o time em campo, fazia a diferença em abril de 2007. “Hoje precisamos ganhar de 3 x 0”. Este era o "único" pensamento na Baixada. Só se pensava nisso, e a mensagem foi levada o tempo todo nos treinamentos, na preparação antes do jogo e no mosaico formado nas cadeiras da Buenos Aires Superior. Estava escrito: 3 x 0. Uma festa na Arena, dessas festas que só acontecem no Caldeirão, em noite de alegrias, em noite de magia!” -Rogério Andrade, colunista da Furacao.com

“São vários jogos inesquecíveis, mas um deles revela, como poucos, a força da Baixada. A partida foi contra o então Malutrom, pelo Campeonato Paranaense de 2000. O Atlético disputava a Libertadores com o time titular, e o "ventania" ficou encarregado de disputar o Paranaense. A diretoria colocou os ingressos em R$ 5,00, possibilitando a muitos irem à Arena pela primeira vez. Era 1º de abril e, como numa grande mentira, o Atlético saiu perdendo por 2 x 0, dando sinais de que aquela grande torcida voltaria decepcionada. Ledo engano. Aos 18 minutos do segundo tempo, a reação começou com gol de Adauto. Alexandre empatou aos 25 e, perto do final da partida, Silas, aos 43, fechou o placar, numa virada que levou o torcedor à loucura. Certamente, uma tarde inesquecível para toda a torcida atleticana.” -Ricardo Campelo, colunista da Furacao.com

“Desde a reinauguração da Arena da Baixada, em 1999, muitos jogos ficaram na memória dos torcedores atleticanos. Cada qual com a sua particularidade, cada qual com seu efeito, com seu detalhe. Um placar elástico, um mosaico, uma virada fantástica que nasceu dos braços e dos gritos de cada um presente no Joaquim Américo. Porém, um jogo em especial marcou uma nova etapa na minha vida: no dia 05 de julho de 2008, num jogo contra o Santos, meu filho Vitor de quatro anos viu seu primeiro jogo do time profissional do Atlético ao meu lado. Uma alegria irradiante, uma inteligência fenomenal que exatamente cinco minutos antes de sair o gol da vitória da cabeçada de Alan Bahia, virou para mim e disse: Pai, esse time precisa usar a cabeça! Aquelas meigas e sábias palavras juntamente com a alegria do meu filho nos meus braços comemorando o gol contra o Peixe jamais se apagarão da minha memória, por esse pequeno grande fato esse é o jogo que eu considero como história para mim e para meu pequeno Vitor.” -Silvio Toaldo Junior, colunista da Furacao.com



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