24 jun 2009 - 9h37

Arena foi o primeiro modelo de “naming rights” no Brasil

Comprovando mais uma vez o pioneirismo e a preocupação do Atlético em encontrar novas fontes de recursos, no dia 16 de março de 2005 o Furacão anunciou a venda do “naming rights” da Arena da Baixada para a empresa japonesa Kyocera Mita América, uma negociação, até então, inédita no futebol brasileiro. A transação, que deu aos japoneses o direito sobre o nome do estádio atleticano, rendeu ao rubro-negro, aproximadamente, 10 milhões de dólares, por um contrato que durou três anos, e deu ao caldeirão o nome de Kyocera Arena.

Muito comum em alguns dos países mais desenvolvidos do mundo, o primeiro caso de "naming right" foi registrado nos Estados Unidos, no ano de 1972. Na ocasião, a Rich Products assinou uma parceria com o Buffalo Bills, tradicional equipe de futebol americano, dando origem ao Rich Stadium. Em 2005, já existiam 72 acordos de "naming rights" nas Major Leagues americanas (NBA, NFL, MLB e NHL).

Todos estes números expressivos fizeram com que a assinatura do contrato, entre o Atlético e a Kyocera, fosse tratada como um marco na história do clube e reunisse jornalistas de todos os cantos do país em uma cerimônia realizada na cidade de São Paulo.

Mesmo com toda a credibilidade da empresa envolvida na negociação, os torcedores atleticanos demoraram um pouco para se acostumar com a ideia de ver o nome Kyocera Arena gravado na fachada do eterno estádio Joaquim Américo. "Kyocera Arena será um nome fantasia, para fins comerciais. O nome Joaquim Américo continua preservado. Aliás, esse nome não pode ser alterado porque está no coração dos atleticanos, isso está fora de questão", afirmava Mario Celso Petraglia, na época, presidente do conselho deliberativo do Furacão.

Arena 2014 – Em busca de novos investidores

O acordo entre o rubro-negro e a empresa japonesa foi desfeito, no mês de abril de 2008, por decisão do Atlético. Atualmente, a confirmação de Curitiba como subsede da Copa do Mundo de 2014 e, consequentemente, da Arena da Baixada como “palco” das partidas do mundial tem gerado muitas expectativas na diretoria e, principalmente, na torcida atleticana para a conclusão de um novo patrocínio que envolva o nome do estádio. Para o atual presidente do rubro-negro, Marcos Malucelli, a confirmação da Arena na Copa de 2014 tornará menos difícil a tarefa de conseguir um patrocínio para a Baixada. “Desde que a Kyocera saiu estamos atrás de um novo patrocínio para o naming rights”, explicou Marcos Malucelli em entrevista concedida ao jornal Gazeta do Povo.

Primeiro e único
Até hoje, quatro anos após a assinatura do contrato entre Atlético e Kyocera, ainda não foi firmado nenhum outro contrato de "naming right" no Brasil.



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