Ah! Que saudades
Ah! Que saudades que tenho da minha Curitiba do Atletiba dos elefantes vestidos de rubro-negro, do horror do gol do Passarinho que fora solto da gaiola para o jogo, mas essa tristeza se apaga ao lembrar do gol do Vaquinha.
Ah! Que saudades da minha Curitiba da Boca Maldita, da Gilda, figura folclórica que fazia qualquer coisa por uma moeda de cinquenta centavos (cruzeiros).
Ah! Tempos bons, sabíamos que não tínhamos time, mas que os jogadores vestiam nosso manto sagrado e o honravam.
Ah! Que saudades que tenho da torcida jovem que apoiou o Atlético em 1972. Lembro-me de alguns elementos como o nosso saudoso Raul Rezende, vulgo Bilha, do meu primo Claro Américo (neto do Joaquim Américo, nome do nossa gloriosa Baixada) do Miguel Rosa Neto, do Adalberto Scherer Neto, do Edson Preto (não me lembro de seu sobrenome, mas que morava na frente da Baixada, na Brigadeiro Franco), do outro Adalberto, do Bernardo, primo da Lourdes e do Neto, filhos do Arnaldinho (Garcez de Barros e da Tetê, que nos traz muitas saudades).
Ah! Que saudades tenho daquele timaço, que só não foi campeão por força do alheio ao futebol, não quero aqui conclamar corrupção, mas ninguém ganha um LTD-Galaxi à toa.
Chega de saudosismo, o que quero dizer é que o atual elenco do Atlético não serve para amarrar as chuteiras dos times da década de setenta, que o digam o Sicupira, o Nilson e o Júlio.