Antes de contratar Ocimar, diretoria buscou atleticanos
Questionado sobre a contratação de Ocimar Bolicenho para o cargo de diretor de futebol durante a entrevista concedida à Rádio Transamérica na noite desta quinta-feira, o presidente Marcos Malucelli reiterou que procurou atleticanos para a função, mas nenhum aceitou o convite.
“Eu até fiquei acumulando a presidência com a diretoria de futebol até junho, quando veio o Ocimar. Eu tentei vários atleticanos para que dessem ao Atlético aquilo que eu dei no ano passado, quando assumi o departamento de futebol, que eram praticamente dez horas por dia. Deixei meu escritório para me dedicar àquela causa, que era evitar o rebaixamento. Não encontrei nenhum disposto a fazer isso”, afirmou Malucelli, ressalvando que alguns se ofereceram a ajudar, mas não em tempo integral. Ele não citou nomes, mas há alguns meses já havia admitido o convite ao ex-presidente Valmor Zimermann e ao ex-diretor das categorias de base Paulo Abagge.
“Não é qualquer um que pode fazer isso, tem de conhecer o mínimo de futebol. Nenhum se apresentou. Tive de recorrer a um profissional da área que é o Ocimar. Ele estudou, fez curso para isso”, elogiou o presidente. Ele revelou que alguns conselheiros se opuseram à contratação. “Teve uma revolta de alguns atleticanos porque ele era paranista. Como se não tivéssemos o Munir Calluf, o Odivonsir Frega, o Domingos Moro, que foi inclusive candidato à presidência do Coritiba enquanto no exercício da advocacia para o Atlético. Não tem nada demais porque estão prestando um serviço profissional”, afirmou, citando casos de torcedores de outros times que prestaram serviços ao Rubro-Negro nas últimas décadas.
“Até desafiei os conselheiros que me dessem qualquer prova de ilicitude, ato ilegal que o Ocimar tenha praticado que ele não assumiria. Ninguém tinha nada. Eu também não tenho absolutamente nada. Tenho ele como uma pessoa honesta, correta e que conhece futebol. Se vai dar certo eu não sei, a gente nunca sabe. Ele veio para o meu lugar, e por minha vez eu assumi o lugar do Edinho, que tinha sido afastado de técnico do Atlético antes porque era empresário e depois estava lá como diretor. Eu não recebi nenhuma remuneração, que fique bem claro, embora eu ache que deve ser remunerado, porque é muito desgastante”, concluiu.