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30 jul 2009 - 19h35

Estrada da vida

Nesta longa estrada da vida…

Quinta-feira, luzes morrendo e manhã chegando, o trio Parada Dura plantado nas poltronas do saguão do aeroporto Governador José Richa, em Londrina.

-“E aí, doc Laertes… que horas chega esta m**** de vôo de Goiânia?”- falou o bocejante e revoltado prof. Rafael Lemos (que por hora está pedindo que lhe chamem apenas pelo pré-nome).

-“P****, já era pra ter vindo. Doc Eduardo: levanta a b**** e vai lá dar uma olhada na pista…” – responde doc Laertes Fanchin.

-“Tô indo. Mas se aparecer alguém por aí, segurem e gritem pra mim.” – pediu Eduardo Carvalho.

-“Cacete… isso tudo acontecendo e eu aqui no aeroporto, dando pano pra manga do Malucelli. Como é que pode, uma ca**** atrás da outra…” – RL

-“Acho que não é bem assim, é uma ca**** EM CIMA da outra!” – LF…

-“Fui no guichê da companhia e falaram que o vôo ainda nem saiu! Tão segurando a decolagem porque tem uma van buscando uns 5 que “se perderam” na cidade depois do jogo. Diz que tomaram um táxi pra fazer um citytour e foram parar numas ‘quebradas’, os coitados. Sorte que o Bolinha foi atrás de moto e viu onde eles foram.” – EC

-“Mas por que o Bolinha não trouxe eles ainda, se sabe onde eles estão?” – LF, indignadíssimo!

-“Já foi, mas é que eles não querem ACORDAR, sacou? Até acenderam a luz (vermelha) mas não adiantou!” – EC

-“Que vida, hem? Futebol, grana, carne assada, night, carne crua… pudera, ninguém mandou eu fazer a coisa Direito! Devia ter ido jogar bola, aí estaria vivendo dessa maneira, como disse o Pepeu.” – RL

-“É que a gente é educado na vida pra fazer assim: estudar, se formar, trabalhar e casar. Tradição que demorará décadas pra gente romper. Por isto ficamos p**** quando vemos os caras fazendo a coisa dessa forma, a coisa que a gente faria com tanto AMOR!” – LF

-“Falar nisso, e ontem, vocês viram aquilo que os “jogadores” fizeram em campo contra o aplicado Goiás? Já vi muitas vezes grupos de BOLEIROS fritarem treinadores, aqui mesmo no Atlético. Mas o que fizeram ontem foi injusto primeiro com o próprio Waldemar – que apesar de um fraco profissional, é uma pessoa, humano, não obstante tenha feito b**** nenhuma aqui – e principalmente injusto CONOSCO, a torcida atleticana. Simplesmente me deu NOJO, do COMPORTAMENTO de Marcinho, Zé Antônio, Antônio Carlos, Rhodolfo, Manoel, Raul, Márcio Azevedo, Valencia. Se o discurso era o da ajuda, imagine se jogassem pra acabar com Waldemar, o que não teriam feito?” – EC

-“Óbvio que todos esses aí ou não tem gabarito ou perderam a moral pra jogar no Clube Atlético Paranaense. Mas ENVERGONHAR uma torcida inteira, na mais pura OMISSÃO de sua função de trabalho, é algo assim transcendental, porque do lado de cá estamos NÓS, os TORCEDORES, sócios, clientes, contribuintes ou como queiram chamar. Fizessem aquilo (fritada), mas jogassem com camisas neutras: por que Ocimar não emprestou as azuis dele? Foi um verdadeiro e estúpido INSULTO À NOSSA HONRA, vê-los desfilar distribuindo m**** pelo campo, sujando o nome de nossa INSTITUIÇÃO. Façam greve e não entrem em campo, perdendo por WO, mas não cuspam em nossa TRADIÇÃO.” – RL

-“Mas a coisa não para por aí. É preciso saber cientificamente a diferenciação entre aquilo que “não fizeram” (a fritada), e a real capacidade de cada um. Isto é imprescindível. Saber se aqueles que fizeram corpo mole, estarão dispostos a jogar Futebol (só os que são capazes disto) com o novo técnico, porque ainda não fizeram isso neste ano. Cabe ao próximo treinador, dentre tantas outras coisas, identificar estas diferenças.” – LF

-“E sabem por que ainda não veio este próximo treinador? É porque as coisas DEMORAM muito aqui no Atlético. O RITMO vibracional desta diretoria não permite algo urgente e conciso, eles precisam tempo para tomar suas decisões.” – EC

-“Ah, é! E nós tomamos no c* a TODO TEMPO! Eles demoram pra agir e nós rapidinho quando vemos já estamos sentados, já foi…legal, né?” – RL

-“E se é verdade que ele colocou o cargo à disposição na 2ª feira, outro erro crasso de Mallucelli foi mantê-lo até este “jogo” de hoje. Para isto existem interinos. E por qual razão o amador presidente deixou para anunciar o novo técnico depois da derrota anunciada de 4ª feira? Cadê a TRANSPARÊNCIA desta merda de gestão? Será que foi para justificar ainda mais a culpa em cima do treinador, esquivando-se de SUA PARTE NA RESPONSABILIDADE? Tipo “foi sua última chance… não aproveitou, dançou, porque eu faço!” E se tivesse ganho? Por que não dispensou logo no sábado ou no domingo? Com certeza, a nós ele não enganaria. Mas assim, repete seu próprio auto-engano: um qualquer que se acha O presidente.” – LF

-“Pois é, doc. O problema é que estamos discutindo as mesmas coisas há 5 anos. Não há nada de novo no front, a não ser nossa esperança, diariamente renovada, que não nos acovarda diante do escancaro da vergonha, E POR ISSO ESTAMOS AQUI! VIVA LA REVOLUCIÓN! VIVA, VIVA, VIVA!” – EC, trepado no assento, com o braço direito esticado para cima, na mão uma cabeça de caveira arranjada pelo dr Laertes, que havia servido para seus estudos de Anatomia. Os dois igualmente responderam, em coro os 3:

-“VIVA, VIVA, VIVA! FURACÓN: LA MUERTE SI, PERO NÓN LA 2ª DIVISIÓN! ARRIBA, Atleticón, ARRIBA!!!” – os 3 em cima dos bancos num legítimo e heróico brado retumbante, de fazer inveja até ao Sendero Luminoso.

Nem perceberam que estavam sendo monitoradamente espreitados pela segurança interna (policiais civis brasileiramente fazendo bicos) do local:

-“Sargento Garcia! Será que foram estes 3 lunáticos que jogaram bombas no estádio?”

-“Claro que não, Guarda Belo! Aqueles foram cariocas, que trocaram bombinhas combinadamente não só pra fu*** com a dupla Atletiba, mas principalmente para tirar os mandos de campo e trazer para cá, onde temos lindos, multicoloridos, espertos e nepóticos hotéis para hospedar a Torcida, quer dizer, os Contribuintes de lá. Mas temos ordem vinda do comando central pra baixar o cacete em quem se rebelar contra o estabilishment atleticano. Vamo lá, Belo! Pau neles!”

O pau comeu solto no Aeroporto. Dois guardinhas versus três atleticanos. Rafael deu um golpe Kung Fu na pança do sargento, Eduardo enfiou uma alavanca reta no saco do Guarda Belo e Laertes jogou formol 70% na cara dos dois. Rafael assegurou-lhes tranqüilidade, em virtude da legítima defesa.

Mesmo assim não deu pra esperar o avião. Saíram correndo em disparada saguão adentro, até pularem na pista, onde um helicóptero desligava suas hélices. Surpresa: lá de dentro saiu Mallucelli prum lado e Leão pro outro. O guerrilheiro grupo estrategicamente dividiu-se: Rafael foi direto no Mallu.

-“Ei, compadre presidente! Tá me achando com cara de palhaço? Será que tu não lê o “Fala” pra ver como é que a gente ta se sentindo com tuas sucessivas cagadas? O que você tem a dizer, meu?” – esbravejou RL.

-“Cale a boca, falaciano. Não vê que eu só penso em chuteiras? Acabei de vir de um encontro importantíssimo para nosso futuro: estamos em vias de fechar patrocínio com a Ortopé, Ortopé, tão bonitinho! Quer mais o quê, seu pidão?” – nooooooossa, Mallu virando bixo. Rafael, num lapso: “nem todo mau, afinal Ortopé é pra pé torto mesmo…”

Enquanto isso, Eduardo correu no Leão:

-“Com licença, professor, bom dia. Pode me dizer se você veio pro Atlético mesmo?”

-“Nada a declarar. Estou resolvendo problemas particulares. Saia da minha frente. Comigo é no soco. Se tiver que bater muito, adeus.” Eduardo, num lapso: “nem todo mau, afinal soco é pra dar em vagabundo mesmo…”

Doutor Laertes tirou os dois companheiros de lá e foram para um boteco. Sua capacidade de síntese resumiu os 5 últimos anos:

-“Minha gente. A panela forma boleiros. Boleiros derrubam técnicos. Técnicos são capachos de dirigentes. Dirigentes tem conluio com empresários. Empresários são donos de jogadores. Jogadores formam panelas.” – LF

Neste picadeiro de horrores, não há espaço para a TORCIDA. Por não haver espaço na mente muito menos no coração destes elementos, reservado à RESPEITO, HONRA, CAMISA, HONESTIDADE, VERDADE e tantas outras VIRTUDES das quais atualmente o CAP está pauperricamente destituído.

O Clube Atlético Paranaense precisa urgente de um SANEAMENTO BÁSICO, uma AUDITORIA GERAL, uma LIMPEZA TOTAL e IRRESTRITA, para exterminar os vírus existentes no ambiente. E não é qualquer álcool 70 gel que vai conseguir fazer isto. Talvez o descenso, por mais estúpido que seja, será capaz de realizar tal tarefa. Cessada a defecagem qüinqüenária, irão embora e OUTROS virão para reavivar o Clube. Outras pessoas, mas agora ATLETICANOS.

Se o próximo treinador não AFASTAR no mínimo Antônio Carlos, Rhodolfo, Netinho, Marcinho e Rafael Moura do elenco, deixando-os a treinar em separado até sua negociação, eles vão continuar infectando (fazendo a cabeça) dos demais. Aí Wallyson continuará esquivo. Wesley roubando a bola só pra ele. Azevedo a tresloucar fora da lateral. Raul a bater escanteios diretamente para fora. Galatto a demorar na reposição de bola. E o Atlético seguirá rumo ao seu calvário. Um calvário criado por falsos atleticanos, em detrimento NOSSO, OS VERDADEIROS ATLETICANOS. No boteco londrinense:

-“Ainda bem que aqui tem cerveja.” – RL

-“Ainda bem que aqui tem papo.” – EC

-“Ainda bem que doença tem remédio.” – LF.

Basta aplicar. E neste caso, precisa doer. Tanto quanto as dores que nós sentimos. NÓS, OS VERDADEIROS ATLETICANOS.

-‘Amigos, vamos na delegacia.’ – LF depois de atender o celular.

-‘Fazer o quê, doc Laertes?’ – RF e EC em coro.

-‘Tirar o Elias Cordeiro e o Xin Xaco de lá. Depredaram o helicóptero…’ – LF

Arremate: toquem e cantem para ele escutar. Com vocês, o “Melô do Mallu”.

(D – A7 – G)
Nesta longa estrada da vida,
Vou correndo e não posso parar.
Na esperança de ser campeão,
Alcançando o primeiro lugar,
Na esperança de ser campeão,
Alcançando o primeiro lugar.
Mas o tempo cercou minha estrada
E o cansaço me dominou
Minhas vistas se escureceram
E o final da corrida chegou.
Este é o exemplo da vida,
Para quem não quer compreender:
Nós devemos ser o que somos,
Ter aquilo que bem merecer.
Nós devemos ser o que somos,
Ter aquilo que bem merecer.
Mas o tempo cercou minha estrada
E o cansaço me dominou
Minhas vistas se escureceram
E o final desta vida chegou.



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