Pôquer e truco
Soube que o Petraglia foi aos EUA e no seu roteiro de viagem estava previsto uma rápida passagem por Las Vegas a fim de fazer um joguinho. Presumo que deva ter jogado pôquer com os gringos, hispanos, árabes, europeus, enfim, com jogadores que falassem qualquer língua, porque o pôquer é universal e o blefe é como o nossa facão do truco.
Mesmo não o vendo jogar pôquer tenho a impressão de que ele deva ser bom nesse negócio. Por que penso assim?
Porque, antes mesmo de viajar ao Texas, ele deu uma cartada de mestre na nossa pequena aldeia (como ele costuma dizer da nossa cidade). Enquanto aqueles que deveriam estar trabalhando com todas as forças e não estavam, enquanto a Copa 2014 começava a deixar assanhada a nação coxa, até os paranitos ensaiavam uma reação querendo sediar a copa do mundo no Durival de Brito pela segunda vez (o grande obstáculo para essa empreitada seria descobrir onde colocariam os vagões do parque de estacionamentos, risos); enquanto o Beto Richa morria de medo dos coxas e não se mexia, ele, o Petraglia deu o xeque-mate: que tal a arena atletiba?
Claro, fez isso e viajou (risos). A aldeia alvoroçou-se, todos se voltaram contra, mas o medo do Beto Richa de posicionar-se no lado contrário daqueles que queriam os 4,5 bilhões de investimentos em nossa cidade e o medo de ficar com alcunha de coveiro da copa em Curitiba fez com que ele assumisse de vez a Copa na arena, apesar de todo o chororô dos coxinhas.
Petraglia: eu não sabia que você era tão bom assim também no pôquer! Com o blefe de Petraglia até o Marcos Malucelli pôs-se a trabalhar com mais vontade.