História
Sou um atleticano, sócio e que não mora na capital. Moro numa pequena cidade do Sudoeste do Paraná, Mangueirinha. Meus amigos, por incrível que pareça, na nossa cidade temos muitos torcedores do Furacão e principalmente muitos simpatizantes. Minha família quase toda é atleticana, tem uns coxinhas perdidos, mas somos a maioria absoluta. A tradição do Atlético aqui é tão grande que na década de 70 foi montado o Clube Atlético Mangueirinha, o maior e mais tradicional clube de futebol da cidade, com sede própria e uma imensa torcida. Meu pai foi presidente, muitos dos meus parentes jogaram, meus professores, Prof. Luis Dorini, em especial, foram presidentes também. Então, temos uma tradição a ser mantida, a de ser uma cidade rubro-negra, e o olha que ficamos a 400 km da capital. Meu avô, João Linhares Serpa, que faleceu ano passado com 92 anos, era um agricultor que morou sou vida inteira na fazenda, no mato mesmo, ele adorava futebol e, na sua inocência, quando nós perguntávamos pra que time ele torcia, ele sempre falava: “Eu sou gremista, sou parmerence, sou vascariano e atreticano”. De todos esses times, o que ele mais vibrava era com o nosso Furacão, mesmo sem ter nunca assistido um jogo no estádio. Desde que me conheço como torcedor, sempre tentei arrematar mais torcedores e mais simpatizantes para nosso Furacão, até acho que fiz um bom trabalho e continuarei fazendo. Tive de dar muitas camisas pros meus primos mais novos e alguns deles se tornaram grandes atleticanos. Mas entou vendo o meu trabalho de evangelização cada vez mais prejudicado por diretorias incompetentes, indiferentes à torcida e desrespeitando o nome do nosso clube. Cadê o tabalho de divulgação da marca Atlético Paranaense? Dia após dia vejo nosso Furacão ser apequenado e se perdendo no tempo.
Diretoria atual, se vocês não podem promover do nosso clube, pelo menos não atrapalhem o trabalho de tantos torcedores por esse mundo afora, que tentam erguer o nome do Clube Atlético Paranaense no lugar mais alto. Mesmo com tanta incompetência, a nossa luta não vai acabar. Vocês, cartolas descompromissados, vão passar e o nosso Furacão vai continuar e, se Deus quiser, cada vez mais forte.