Memória curta
O nosso Diretor de Futebol, Ocimar Bolicenho, muitas vezes contestado com razão, deu uma bola dentro esta semana dizendo que o retorno do Rafael Moura é fora de cogitação e que não podemos ter memória tão curta.
Rafael Moura não tem futebol para jogar num time de 1ª divisão – já mostrou isso no Atlético e em todos os outros grandes clubes que passou. Porém, neste nosso oásis de bons jogadores, até pode ser útil, como foi na reta final do ano passado ajudando a nos livrar da segundona e no Campeonato Paranaense, onde nos ajudou a conquistar um título suado contra adversários medíocres. Porém, seu afastamento não foi por motivos técnicos. Me espanta que tantos atleticanos esclarecidos ainda não tenham percebido isto. Não podemos ser tão inocentes!
Antes dele e das outras laranjas podres serem afastadas, éramos um bando de jogadores em campo, sem ordem, sem líder e sem união. Depois dos afastamentos, a postura do time mudou. Limitações técnicas nos colocam ainda entre os últimos, mas hoje é possível ver um time em campo. Ruim, mas é um time.
Por fim, acho engraçado lembrarem dele agora. Quando ganhamos do São Paulo, Botafogo, Cruzeiro e outros, ninguém lembrava dele. Agora ele aparece como o salvador da pátria. Me lembra aquele parente bêbado que batia na mulher e vira ‘santo’ depois que morre.
Não vamos deixar a escassez de time afetar nossa memória!