O técnico Antonio Lopes foi absolvido hoje pela Segunda Comissão Disciplinar do Superior Tribunal, em razão da expulsão diante do Flamengo, que causou a suspensão por 30 dias longe dos gramados. Depois de cumprir apenas três dias da punição, o treinador obteve efeito suspensivo e continuou no comando do Furacão. Por maioria, o Delegado foi absolvido do artigo 188 do CJBJ e poderá continuar à frente da equipe nas oito partidas restantes da competição.
O advogado Domingos Moro iniciou a defesa falando sobre o relato do árbitro na súmula, alegando que não havia nada que comprovasse desrespeito no comportamento do técnico atleticano. Em seguida, foi a vez procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt falar sobre o caso. Reconhecendo ser torcedor do Atlético, Schmitt diz que reparou que a conduta do treinador estava fora do normal na partida contra o Flamengo. Ele ainda disse que, pelas imagens, ficou claro que o treinador se dirigiu ao árbitro dizendo que ele não tinha caráter. Sobre o boletim de ocorrência ou provas de que o comandante rubro-negro teria recebido um encontrão, ele afirmou que a procuradoria não teve acesso a nada disso, pois nada foi mostrado pela defesa do clube. Ao término de sua explanação, Schmitt pediu a manutenção da decisão imposta em primeira instância.
Depois foi a vez do auditor-relator, Francisco Mussnich, votar pela absolvição do Delegado. Ele disse que as palavras relatadas não podiam ser taxadas de ofensivas. “Sua infração não foi o bastante para incidir pena”, disse Mussnich. O voto foi acompanhado pelos auditores José Mauro Couto, Alberto Puga e Dário Rossineo. A única divergência no julgamento foi de Virgílio Val, que votou pela manutenção da suspensão de 30 dias.