Atlético empata e não se livra da maldição do 14°
Atlético e Santos empataram por 1 a 1 na noite desta quarta-feira, na Arena da Baixada. O Peixe saiu na frente com um gol marcado em um pênalti que não existiu. Logo depois, o Furacão empatou o jogo e o Santos teve um atleta expulso. Mesmo assim, não conseguiu virar e estacionou no 14° lugar da classificação.
O jogo começou truncado. O Atlético tomou a iniciativa, mas não conseguiu furar a defesa do Santos. Foi o Peixe quem criou as primeiras chances. Logo no primeiro minuto, Kléber, o maior artilheiro da história da Arena, chutou bonito da entrada da área e obrigou Galatto a fazer uma boa defesa. O lance mais perigoso da etapa inicial foi aos 15 minutos. Rodrigo Souto deu um belo lançamento para Jean, que ficou na cara de Galatto. O atacante concluiu da marca do pênalti e mandou para fora.
O Atlético não aprendeu com o susto e voltou a correr riscos aos 19 minutos. Pará cruzou da direita e Paulo Henrique Ganso conseguiu cabecear, mas mandou por cima da trave. Depois disso, o Santos não chegou mais com perigo à meta atleticana.
As duas boas chances atleticanas foram aos 22 e aos 25 minutos. Na primeira, Paulo Baier cobrou falta da lateral-direita e a bola passou por todo mundo. Felipe defendeu no susto. Logo depois, Nei chutou forte da entrada da área e mandou para fora.
O esquema tático ofensivo de Antonio Lopes ficou claro: Patrick ficou fixo no centro do campo, enquanto que Wallyson caiu pela esquerda e Marcinho pela direita. Mas jogando dessa maneira, com três atacantes, o time não conseguiu criar. Patrick foi acionado somente três vezes. Wallyson também esteve apagado. Marcinho apareceu mais, mas sem efetividade.
Gols e arbitragem tendenciosa
O Santos abriu o marcador logo no início do segundo tempo. Kléber Pereira deu um passe de peito para Paulo Henrique Ganso, que caiu na área do Atlético. O árbitro Francisco de Assis Almeida Filho, do Ceará, marcou pênalti – que não existiu. Kléber Pereira, maior artilheiro da Arena da Baixada, bateu e fez, mas não comemorou, em sinal de respeito ao Atlético.
A injustiça da arbitragem parece ter despertado o Atlético. A reação foi imediata – e de todos. A torcida aumentou os gritos de apoio, Antonio Lopes trocou Wallyson por Rodrigo Tiuí e o time foi para cima. Três minutos depois de ter levado o gol, o Furacão empatou. Paulo Baier cobrou escanteio da esquerda, a bola tocou na trave e, no rebote, Bruno Costa só empurrou para o fundo da meta.
O garoto, pela primeira vez jogando na lateral-esquerda no time profissional, comemorou muito o seu primeiro gol e contagiou a galera, que pediu: “Mais um”. O Peixe sentiu a pressão da torcida. Em uma disputa de bola com Rodrigo Tiuí, Robson foi desleal na entrada e foi expulso. Para aproveitar a vantagem de um jogador a mais, Lopes sacou Rafael Miranda e colocou Netinho no jogo.
E foi numa jogada iniciada por Netinho que quase saiu a virada, aos 21 minutos. Ele acionou Bruno Costa, que cortou o marcador e deu um belo passe para Rodrigo Tiuí. O atacante driblou o zagueiro e bateu para o gol, mas a bola foi desviada e acabou indo para fora.
Logo depois, Nei lançou Marcinho. Ele recebeu de costas, girou em cima do marcador e chutou por cima. Mais uma boa jogada atleticana, que aumentava a pressão. Mas o Santos não estava entregue e respondeu aos 27 minutos, quando Paulo Henrique Ganso ajeitou de cabeça e Kléber mandou uma bomba, para fora. Aos 32, mais um susto: Ganso cobrou falta na área e Kléber Pereira, na pequena área, concluiu para fora.
Lopes ainda tentou mudar o panorama com a entrada de Alex Mineiro no lugar de Patrick. Saudado pela torcida, Alex teve três oportunidades, mas não foi feliz. Assim, o jogo terminou mesmo empatado e o Atlético não conseguiu se livrar da maldição do 14° lugar. Era a grande chance de subir posições, mas o Santos conseguiu manter a vantagem.
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