Num jogo em que os dois clubes precisam a todo custo da vitória, como o de sábado, entre Atlético Paranaense e Cruzeiro, fica difícil saber qual está mais pressionado. Na Toca da Raposa II, os jogadores acreditam que o rival estará pelo menos mais aflito, pois o risco de queda para a segunda divisão incomoda mais que a possibilidade de ficar fora da Copa Libertadores.
Por conta disso, o Cruzeiro vê no desespero do Atlético um aliado para sair da Arena da Baixada com uma vitória, a exemplo do que fez com o Sport, na Ilha do Retiro, há duas semanas.
A motivação nossa vai ser grande e a deles também, porque nenhum jogador quer ficar manchado porque caiu com um time para a segunda divisão. Temos que ficar atentos para saber explorar também o desespero deles. Tem que ter experiência, saber levar o jogo, explorar uma impaciência da torcida adversária. Nosso time tem qualidade para tirar proveito disso, disse Thiago Ribeiro.
Companheiro de Thiago no ataque, Wellington Paulista aposta nos contra-golpes para surpreender o Atlético em seu território. O Sport também estava desesperado para vencer, saiu para jogar. Quando se joga em casa, todo mundo sai para jogar. O Atlético vai precisar fazer isso, eles precisam sair da situação que estão. Vamos ter que marcar muito bem, como estamos marcando, para sair no contra-ataque no momento certo e vencer o jogo.
Desesperado ou não, o Atlético-PR está invicto na Arena da Baixada há dez partidas, das quais venceu sete e empatou três. Dois jogos foram válidos pela Copa Sul-Americana.
Apesar disso, o meia Gilberto vê possibilidade de o Cruzeiro vencer caso o time reencontre a harmonia entre os setores. É jogar e não errar, porque a gente não pode errar do jeito que está errando. Temos que encontrar o equilíbrio entre defesa, meio-campo e ataque, e fazer o nosso jogo.
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