Um ano após as eleições que levaram a atual direção ao comando do Furacão das Américas , procuro refletir sobre os acontecimentos que dizem respeito ao CAP e o legado deixado por Mario Celso Petraglia. No início com indignação e revolta pelo ato sórdido da traição sofrida e o consequente proveito por parte dos que tinham em MCP um inimigo, para desfazer deste, e que não foram poucos, neste ponto lembro ter ouvido que um homem se mensura pelo tamanho de seus inimigos. MCP bateu de frente com a Conmebol, CBF, FPF, Clube dos 13, imprensa local e nacional e principalmente com gente do próprio Atlético, a começar pelas organizadas (E hoje podemos constatar pelos recentes acontecimentos que ele estava certo, esta é uma das falácias a que ele se referia), a falta de profissionalismo de muitos que viviam dos rendimentos no Clube adquiridos, afinal a cultura administrativa antes de MCP era outra e favorecia pessoas que utilizavam o Clube para se beneficiar, sem muito a acrescentar de solido para o CAP. De modo algum o reconhecimento a administração de MCP, leva a não reconhecer vários grandes atleticanos da historia desde Joaquim Américo Guimarães a Jofre Cabral e Silva, após estes que antecederam a minha formação de torcedor que iniciava a fase de andar com as próprias pernas e não levado pelo pai, lembro de nomes como, Aníbal Cury, a administração de Onaireves Moura que nos faz lembrar do timaço de 82, Valmor Zimerman que uniu-se a Moura levando o Atlético a jogar no Pinheirão, quebrando o monopólio dos jogos de maior porte obrigatoriamente serem realizados no Couto, o caminho inverso na briga do Farinhaque com a FPF (Moura) e a conseqüente volta a Baixada. Nada se compara ao legado de MCP, a estrutura adquirida as conquistas no campo de jogo, mesmo sem ter chego ao fim do projeto de estrutura por ele idealizado ao CAP, para após ter consolidado o patrimônio, focar somente como objetivo, grandes conquistas no campo de jogo e posicionar-se definitivamente como grande Clube do futebol Brasileiro. Durante o ano, acabei por realizar um processo de reciclagem de tudo que envolve esta minha paixão chamada Furacão e no meio disso tudo nossa torcida, dentro e fora do campo, eliminei muitos e de muitos me afastei, não renovei meu plano de sócio e o de minha esposa (ao qual sempre procurei contribuir desde o pagamento do carne para construção da Arena) e passei a acompanhar os jogos do CAP em casa trocando minhas cadeiras por uma assinatura da NET. Mas o melhor foi a parte onde passei a conhecer mais pessoas que pensam como eu e reconhecem o lado bom e ruim de tudo isso, conheci grandes atleticanos pessoas que o contato praticamente diário por essa ferramenta maravilhosa chamada internet nos possibilita, eles me tranqüilizam, por saber que o CAP possui torcedores atentos aos acontecimentos e não apenas os que são influenciados pela mídia hipócrita de nossa aldeia ou pela visão pequena, pela inveja e ingratidão. No campo de jogo, os traíras só fazem é usar toda estrutura montada por MCP para se manter, e pior, contando vantagem como se por eles realizados, como exemplos podemos citar o fato de só terem sido campeões graças a formula do campeonato estabelecida na gestão anterior, a inauguração da nova arquibancada construídas com os recursos por MCP adquiridos junto a Caixa e o que dizer das receitas de jogadores como M. Bastos, Cristian, até chegarmos em Danilo que por sinal foi muito mal vendido, sendo que para um atleta que foi eleito como o melhor do campeonato em sua posição mesmo que a contragosto de muitos atleticanos, foi um péssimo negócio, a inauguração do centro médico que de novo só mesmo teve a mudança de Direção administrativa. No mais somente vimos foi o desfazer de muito que se conquistou de 95 para cá, como nossa base onde vários bons jogadores foram parar no rival junto com seu treinador, o desdém quanto a realização da Copa em nossa Arena, pois o negocio é economizar azulejos, os tratos com a imprensa nem merecem comentário, jantar com Milton Neves então. Quanto a MCP só tenho a agradecer por tudo o que fez pelo nosso CAP, seu legado jamais será esquecido, mesmo que por traição tenha sido abortado, mesmo que MCP nunca volte a administrar o CAP, a estrutura por ele montada possibilitará a futuras administrações fazer este Clube cada vez maior, como a administração mais chuteiras que na verdade se beneficiou da base deixada por MCP, somada a única contratação positiva, Paulo Baier, que salvou o CAP de um destino igual ao dos coxinhas neste ultimo Brasileiro, pois o prometido não era investir em chuteiras, até nisso MCP foi mais honesto, nunca negou priorizar a estrutura para após terminar o investimento nesta, ai sim concentrar tudo no futebol. Por isso só tenho a dizer obrigado Mario Celso Petraglia, por tudo que fez e mesmo que não se perceba, continua fazendo pelo Clube Atlético Paranaense e a nós torcedores que o admiramos.
24/12/2009 @ 15:37h