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20 mar 2010 - 9h35

[Promoção 86 ano do Atlético] O Paranaense de 2005

Tenho 33 anos e desde 1988 sou torcedor do Atlético. De lá pra cá fui na maioria dos jogos, e passei por todos os tipos de sentimentos dentro do estádio ( raiva, alegria, tristeza, emoção, etc… ).

Na final do paranaense de 2005 contra o falecido coxa na arena, estava nervoso uma semana antes. Não tinha esquecido ainda que havíamos perdido a final do campeonato do ano anterior em casa, e isso estava engasgado. O jogo da final foi aquele stress! Aloísio expulso junto com o zagueiro do coxa (acho que era o Miranda, não lembro), jogo truncado, primeiro tempo 0 a 0….e o nervosismo aumentando.

No segundo tempo, Denis Marques fez 1 a 0 pra nós…e acabou assim. Como no primeiro jogo o falecido coxa ganhou de 1 a 0, fomos pra prorrogação…e mais pressão (e pq não dizer medo de perder de novo). Acabou 0 a 0.Penalty! Nessas alturas eu já estava fora do corpo, entrando em campo pra segurar o goleiro dos caras (ainda bem que aquele tempo a cervejinha era liberada). Na hora dos penaltys fui para perto do gol da Madre maria, mas ainda na reta da Getúlio Vargas. Quando o Lima fez o gol do título fiquei louco, cantando, vibrando, berrando, até que resolvi subir na mureta que separa o fosso, e fiquei ali, com os braços erguidos comemorando.

Até que tive a infeliz idéia de pular pra dentro do gramado….e pulei! Ainda me lembro bem! Parece que pulei em duas pontas de faca! É muito alto, e eu não sabia. Uma dor foi subindo do pé pra cima, e eu não consegui sair do lugar. Nisso veio um segurança correndo pro meu lado e eu falei:

– Não precisa me bater não…eu saio daqui!
E o segurança falou, educadamente por sinal!
– Não me leve a mal, mas é que se eu deixar você aqui, todo mundo vai querer invadir.
E eu disse:
– Tudo bem, machuquei os “ dois calcanhares” na queda…pode deixar que eu saio.

E ele me pegou pelo braço e me levou passando pela sala de imprensa para fora do estádio, e eu andando na ponta dos pés de dor no calcanhar. Lá fora muita gente querendo entrar, os seguranças barrando, eu tentei voltar, andando de um lado para o outro (sempre na ponta dos pés…pô, tava doendo muito o calcanhar), e nada. Pensei comigo, que burro que eu fui, pulei pra dentro do estádio, arrebentei os calcanhares e ainda me tiraram pra fora do estádio e tô perdendo a festa.

Nisso parou nos fundos do estádio um carro da Federação, com o trófeu de campeão e vice, e com aqueles cheques comemorativos de artilheiro, goleiro menos vazado, etc…. Um senhor saiu do carro carregando dois cheques daqueles. Falei pra ele, “ posso levar um pro Sr? “ – ele disse “ claro”, e me entregou um. Coloquei do lado, protegendo meu rosto pros seguranças não verem (eu já tinha tentado voltar), e entrei novamente na ponta dos pés (ai meu calcanhar), pra dentro do estádio.

Quando cheguei atrás do gol, agradeci o Sr, e entreguei o cheque pra ele novamente. Daí saí correndo na ponta dos pés até o meio campo, e fui fazer festa com os jogadores. Dei a volta olímpica, fiz festa, quis receber medalha junto…só loucura.

No final ajudei o Marcão, lateral a levar o troféu de campeão pro vestiário. Fiquei lá dentro, tomei água, comi um cereal, e na hora de fazer a oração com os jogadores, perceberam minha presença e me convidaram a se retirar novamente.

Resumo de tudo isso? Saí na capa da tribuna com os jogadores no meio do gramado, na capa da Gazeta do Povo acenando pra torcida na hora da volta olímpica, no jornal do Estado numa foto enorme saindo do tablado no centro do gramdo com os jogadores pra fazer a volta olímpíca, apareci no globo esporte e demais programas esportivos, e fiz mais de 20 sessões de fisioterapia pra curar os calcanhares!

Fiz um quadro em casa, recortando as fotos dos jornais, e coloquei na minha churrasqueira, pra todo mundo ver. Pra mim isso é um troféu que vou guardar pra sempre.

Ser rubro negro é isso! Parabéns Furacão pelos 86 anos de vida!

Abraço!



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