O Fala, Atleticano é um canal de manifestação da torcida do Atlético. Os textos abaixo publicados foram escritos por torcedores rubro-negros e não representam necessariamente a opinião dos responsáveis pelo site. Os autores se responsabilizam pelos textos por eles assinados. Para colaborar com um texto, clique aqui e siga as instruções. Confira abaixo os textos dos torcedores rubro-negros:
17 maio 2010 - 7h39

Reformulação necessária

Quem foi à Arena domingo mais uma vez testemunhou algo que já está se tornando constante nestes últimos cinco anos: o crônico mau futebol do time, fruto do abandono do futebol pela diretoria que administra o clube.

Antes do final do jogo a torcida, com muita razão, manifestou seu descontentamento exigindo jogador.

Fico triste pelos jogadores que estão em campo e suam a camisa, mas eles não têm culpa. Fazem o que podem. Culpa é dessas administrações que largaram o futebol do Atlético, não tem o menor respeito pelo torcedor atleticano e ainda tem a audácia de vir a público dizer que o Atlético é superavitário. É muito cinismo. Deveriam ter vergonha de anunciar isso. O Atlético é um clube de futebol e não uma empresa lucrativa. Deu Lucro? Então invistam na montagem de um time decente.

O adversário de domingo, o Guarani de Campinas, é um time muito tradicional, que assim como o Atlético tem um título brasileiro, com muita história, mas que quase sumiu do mapa. Mesmo jogando a segunda divisão do campeonato paulista, conseguiu voltar à primeira divisão nacional devido à mediocridade dessa série B, onde hoje estão lá, socados, os nossos rivais.

Série B com a qual o Atlético flerta já há bastante tempo. Afinal, nestes últimos campeonatos – e esse parece que não será diferente – a missão do Atlético tem sido a fuga do rebaixamento.

Dá tristeza relembrar aqueles jogos finais dos campeonatos de 2006 a 2009, quando somente nas últimas rodadas o Atlético conseguiu escapar do vexame de cair para a série B.

Vexame sim, pois cair para série B é coisa de time medíocre. E nem venham dizer que grandes clubes já estiveram por lá. Estiveram porque montaram times ruins e foram mal administrados sendo, por isso, devidamente castigados.

Como pode um time que tem o melhor CT do Brasil não revelar nenhum grande jogador?

Como pode um time que tem o melhor estádio do Brasil não ter um patrocinador ou patrocinadores de peso?

Como pode um time que tem uma diretoria que se gaba de ter um superávit de milhões de reais não montar um time de nível técnico compatível com o das demais equipes do Campeonato Brasileiro da série A?

Mais uma vez miremos o exemplo do São Paulo: mesmo com um supertime, não pensaram duas vezes em trazer o Fernandão do Goiás. E contra o Cruzeiro ele foi fundamental para a vitória que coloca o São Paulo virtualmente na semifinal da Libertadores.

O São Paulo não se preocupa em fazer média com rivais, não tem ex-dirigente que diz nos jornais que o rival vai subir. O São Paulo não está nem aí para os seus rivais, quer é ganhar títulos, dar alegria para a sua torcida que isso é que importa. E respeitam o torcedor. Não chamam seus torcedores de “falácia”.

Ridícula essa conversa de dinheiro público na Arena. O Atlético tem que pensar nele, em terminar e engrandecer esse estádio para a Copa e não importa como, se com dinheiro público ou privado.

Se o Atlético e seus dirigentes (e não só os atuais, mas os da administração anterior) pensassem realmente grande, o Atlético já teria conquistado mais títulos nacionais, já teria participado de mais torneios importantes, teria ganhado muito dinheiro, prestígio e seria respeitado pelos outros torcedores e pela mídia nacionais. Mas…

Voltando ao jogo com o Guarani, mais uma vez vemos um time de branco tocando melhor a bola, mais entrosado, com melhores jogadores e com mais vontade de ganhar o jogo. O Atlético só resolveu jogar depois de estar duas vezes atrás no placar.

Acomodar-se com um empate contra o Guarani na Arena!

A jogada mais perigosa do Atlético era a bola parada de Netinho. Fora isso, nada mais. Nenhuma jogada ensaiada, nada mais bem trabalhado, nada, nada.

O Guarani não é nem sombra do Guarani de outros tempos. Mas com um técnico que tem cara de técnico de time de primeira divisão e com uma meia dúzia de bons reforços, conseguiu montar um time honesto e valente que pelo menos consegue arrancar um empate dentro da Arena.

Já estou de saco cheio desse time do Atlético, de ir em todos os jogos na Arena e ver a mesma coisa de sempre: as desculpas depois de um passe errado, jogadas que não terminam em nada, jogadores deixando a bola sair para a lateral, desânimo e preguiça de alguns, a eterna falta de entrosamento, falta de habilidade, indecisão, lentidão, etc.

Na minha visão, somente o Wagner Diniz e o Pepe Toledo, que entrou no segundo tempo, se salvaram. Aliás, Sr. Leandro, o que o Pepe estava fazendo no banco que não entrou jogado desde o início? Marcelo? Faça-me o favor.

Apesar de tudo ainda acho que dá tempo para o Atlético melhorar e se tornar grande, mas para isso é preciso ousadia, vontade de vencer e não olhar para os rivais, não ter medo.

É necessário uma reformulação total. Técnico, jogadores, comissão técnica.E já. O coordenador de futebol deve ser alguém comprometido com o Atlético, um atleticano de verdade. Tudo bem que hoje o futebol é profissional, que o coordenador não precisa ser torcedor, mas o que o atual coordenador de futebol conseguiu de resultado positivo? Que eu saiba, nada.

O Atlético não se planejou para esta temporada, já perdeu tudo o que disputou e de forma melancólica e está cotadíssimo para a série B. Se mudar agora e radicalmente, consegue escapar da degola. Daí faz um planejamento para 2011. Mas se continuar nesse marasmo, nessa inércia toda e nesses trabalhos e viagens que não dão resultados, o rebaixamento é certo e com ele a consolidação do Atlético entre os times pequenos do futebol brasileiro.



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…