11 jun 2010 - 15h16

“Risco de Curitiba ficar fora é zero”, afirma gestor

A negativa do Atlético Paranaense à proposta para concluir as obras da Arena, visando a Copa do Mundo de 2014, não mudou os planos da prefeitura. Segundo o gestor da Copa na capital paranaense, Luiz de Carvalho, a prefeitura ainda não foi notificada sobre a decisão do Furacão e que somente após o aviso é que algo poderá ser feito.

“Não temos nada oficial ainda. O clube precisa nos notificar da decisão deles, para que aí sim possamos tomar alguma decisão. Acredito que na semana que vem, na segunda ou terça-feira, já vamos ter resolvido”, disse ele, em entrevista ao LANCE!NET.

Porém, o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético , Gláucio Geara, já confirmou que o clube não aceitou a proposta, de forma unânime (144 votos a zero), uma vez que o Furacão tería um prejuízo de milhões ao longo de 20 anos. Mas não descartou sediar a Copa.

“Nós recusamos apenas uma proposta. Se nos fizerem outra, nós vamos estudar. Não descartamos sediar a Copa, mas não podemos colocar em risco o clube, que neste caso acumularia uma dívida de 20 anos. Desde o começo tínhamos deixado claro que iriamos investir apenas 33% do valor total da obra”, explicou Geara, em entrevista à rádio CBN de Curitiba.

Entretanto, Carvalho garantiu que Curitiba não ficará de fora da competição. De acordo com o gestor, existem várias soluções para a manutenção da sede, como a própria Arena permanecendo como o local escolhido ou ainda um novo estádio.

“O risco de Curitiba ficar fora da Copa do Mundo é zero. Vamos achar uma solução. Temos muitas variáveis para isto, mas estaria sendo irresponsável se eu citar algum outro clube ou ideia”, afirmou, negando que a prefeitura irá construir um estádio próprio.

Uma saída para que Curitiba seguisse como uma das sedes da próxima Copa seria a utilização de um outro estádio. É aí que entra um projeto de Coritiba e Paraná, que podem construir uma Arena juntos. A proposta já existe e as obras seriam concluídas em abril de 2013.

Como este novo estádio não seria uma propriedade privada (Coritiba e Paraná apenas teriam o direito de utilizar o local), não haveria problema no uso de dinheiro público.

Entenda o caso

O principal entrave é o fato de o Atlético Paranaense já ter deixado claro que não irá concluir sozinho as obras, uma vez que há interesse do Estado também na participação da Arena. O clube quer apenas concluir o estádio, cujo valor é de aproximadamente R$ 30 milhões.

Para que o local possa sediar uma Copa do Mundo, a FIFA exige várias alterações, como vestiários, cabines de imprensa, entrada em campo, estacionamento e tirar as torres que dão suporte ao segundo anel. Estas mudanças gerariam um gasto de mais R$ 90 milhões.



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