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11 set 2010 - 19h39

Tele-catch

Estou aqui na frente do meu PC pensando como as coisas mudam com o passar dos anos. Tudo muda mudam os costumes, as roupas, a moeda, mudam as pessoas, enfim o mundo é uma grande mudança diária .

Às vezes as coisas se fundem, deixam de ser sérias para serem fantasiosas outras vezes o contrário acontece. Digo isto pensando a respeito de tamanha polêmica no jogo de quarta feira contra o Corinthians, por conta da arbitragem. Um pênalti que não foi, outro que não existiu.

Aos mais velhos que se lembram daquela Curitiba dos anos 70, quando tínhamos apenas uma TV P&B , radio de válvulas, as vezes de pilhas, que recarregávamos fervendo ou no congelador, visto que era muito caro comprar novas “ amarelinhas ou as do gato”, algumas e poucas opções de lazer e muitas formas de realmente se divertir nos sobravam. Ver o Atlético trepado em um dos cedros ou pular a cerca da velha Baixada, era um ótimo programa com emoção garantida. Enfrentávamos o Fantasma de PG, o Tubarão , Cascavel , o Boca Negra, Tabu de Clevelândia e por aí vai. A outra opção era assistir aos Domingos o emocionante ”Tele-catch” com seus heróis como Ted Boy Marino, Brasão, Bala de Prata ; lutadores maldosos como Jóia Psicodélico, La Múmia e Metralha, árbitros (mediadores) Barbosa e Santine, que roubava pros malvados , narrador era Wilson Brustolim dava um molho especial a toda aquela marmelada.

E o que tem tudo isto haver com o jogo de quarta-feira última?

Quando vejo Ronaldo “apitando pênalti” para ele mesmo bater, quando vejo Roberto Carlos, o orador, falando que o Atlético foi um time que só soube se defender, mesmo que um pouco antes de sua saída, ele Roberto já havia dado um chutão pra cima da torcida, quando penso na “cavada de pênalti do Wagner Diniz”, nas lambanças de alguns árbitros que passam por aqui e finalmente quando escuto os comentários da transmissões de TV. Penso naquela TV P&B, na velha Baixada com seus jogos as quartas a tarde.

Agora é a cada rodada que temos o “Novo Tele-Catch”. A exemplo de quarta última jogadores parecem aprendizes de Tele-catch simulam faltas, árbitros que vêem coisa onde não existe, pênaltis mandraques, nossos jogadores são os malvados, “Wagner, o Psicodélico” , “Chico Metralha”. Do outro lado temos “Ronaldo Big Boy e Roberto Boy Marino” os mocinhos. O narrador nem chega aos pés do saudoso Wilson Brustolim tamanha falta de criatividade, o mediador do combate só faltou tirar um limão da cuéca e dar para o Ronaldo passar nos olhos do Rhodolfo.

Pena que somos sempre os malvados, haja marmelada.



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