23 set 2010 - 15h38

Neto é o primeiro goleiro convocado desde Caju

Depois de mais de seis décadas, o Atlético volta a ter um goleiro na seleção brasileira. O jovem Neto, de 21 anos, poderá vestir a mesma camisa que Caju, a Majestade do Arco, defendeu na década de 40.

Neto chega à seleção pouco mais de um ano depois de estrear na equipe profissional do Atlético. Depois de ser banco de Galatto durante a temporada de 2009, Neto ganhou a disputa com João Carlos após a transferência do antigo titular para o exterior. Neste Brasileirão, o camisa 1 já disputou 22 partidas e tem média de 3,8 defesas por jogo, segundo o Datafolha.

Depois de começar a carreira no Cruzeiro, Neto chegou ao Atlético aos 13 anos. Passou por todas as categorias do clube, do infantil ao profissional, sempre jogando como titular.

Caju

Alfredo Gottardi, o Caju, é considerado o maior ídolo dos 80 anos do Atlético. Ele fez história ao defender o gol rubro-negro durante dezessete anos.

Aos 27 anos, Caju foi o primeiro jogador do Atlético a ser convocado para a Seleção Brasileira. Ele foi chamado para disputar o Sul-Americano de 1942, em Montevidéu, jogando ao lado de Domingos da Guia, Zizinho, Tim e outros grandes jogadores da época. O goleiro atleticano foi titular do Brasil nos cinco jogos e teve atuações destacadas. Nessa competição, o Brasil ficou em terceiro lugar, perdendo para argentinos e paraguaios. Porém, Caju guardou agradáveis recordações daquele torneio. Uma das muitas lembranças dele foi o cumprimento que recebeu do goleiro argentino Vaca, que atravessou todo o campo para felicitá-lo após uma defesa excepcional. O Sul-Americano serviu ainda para que ele ganhasse um título e tanto: foi eleito o melhor goleiro da América do Sul.

Caju foi seis vezes campeão paranaense pelo Atlético. Depois de encerrar a carreira como jogador, continuou respirando o Atlético. Fez parte da comissão técnica do clube no Campeonato Paranaense de 1958, sendo campeão. Ao lado do irmão Alberto, trabalhou diretamente na construção do alambrado do Estádio Joaquim Américo e do muro ao redor do campo. Seus filhos, Alfredo e Celso, tornaram-se jogadores do Atlético.

Caju faleceu aos 85 anos, no dia 24 de abril de 2001. Ainda vivo, deu seu nome ao Centro de Treinamentos do Atlético, o CT do Caju, na maior prova de carinho que o clube tem por ele. Na época, o então presidente Marcus Coelho, afirmou que a perda do maior ídolo da história atleticana foi profundamente lamentável. “ Ele foi exemplo de atleta e dedicou a sua vida inteira ao Atlético. Com sua morte, Caju deixa um exemplo de amor, paixão e fidelidade ao time ”.



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