Carpegiani pede demissão do Furacão
Paulo César Carpegiani não é mais o técnico do Furacão. O técnico pediu demissão neste domingo para assumir o São Paulo. De acordo com nota divulgada pelo site oficial, o assistente técnico Leandro Niehues assume a equipe até a contratação de um novo treinador.
Depois do jogo contra o Cruzeiro, em Belo Horizonte, Carpegiani e seu filho Rodrigo seguiram para São Paulo. Na manhã deste domingo, reuniram-se com dirigentes do São Paulo Futebol Clube e acertaram um contrato até o final de 2011. Por volta das 13h, o treinador telefonou para diretores do Atlético e anunciou seu pedido de demissão.
Depois, preparou-se para retornar a Curitiba para se despedir dos jogadores e conceder uma entrevista à imprensa paranaense ao meio-dia, na Arena da Baixada. Enquanto aguardava o avião para embarcar para Curitiba, Carpegiani concedeu entrevista exclusiva à Furacao.com e revelou, em primeira mão, que estava deixando o Atlético.
“O Atlético tem que dar prosseguimento. Está fazendo uma boa campanha. O time está bem adaptado àquilo que nós queremos, são eles que ganham os jogos. Não que o time jogue sozinho, longe disso. Mas eu acho que está bem adaptada, a estrutura. Não tenho a menor dúvida que estará brigando por um G3”, afirmou.
Trajetória
Carpegiani estreou no comando da equipe rubro-negra na 6ª rodada, quando o Atlético venceu o Botafogo por 3 a 2. Depois de exatos quatro meses no comando, Carpegiani esteve por 22 jogos à frente do Atlético, onde conquistou 11 vitórias, cinco empates e seis derrotas, conquistando um aproveitamento de 57,58%. Sua última partida como treinador do Atlético foi ontem, diante do Cruzeiro em Belo Horizonte, onde a equipe empatou se gols com os mineiros. Pulando da 18ª colocação para a quinta, Carpegiani deixa o Atlético como um dos candidatos a uma vaga à Libertadores da América.
O início do trabalho de Carpegiani no Atlético foi difícil. Após vencer na estreia, contra o Botafogo, na Arena da Baixada, por 3 a 2, o time perdeu três partidas seguidas, para Vitória, Vasco e Cruzeiro. A reação aconteceu contra o Santos, na Baixada, e foi efetivada pela primeira vitória fora de casa, contra o Goiás, na 11ª rodada. Outra sequência ruim aconteceu, com derrotas para Fluminense e Palmeiras fora e um empate com o São Paulo, em casa.
Foi então que o Furacão conseguiu, enfim, disparar para a parte de cima da tabela. Nos cinco jogos seguintes, foram somados 13 pontos de 15 disputados, em vitórias contra Flamengo, Ceará, Avaí e Grêmio Prudente (as duas últimas fora), além de um empate com o Grêmio. Já nas últimas cinco partidas, o Rubro-Negro conseguiu seis vitórias (Ceará, Avaí, Atlético-MG, Atlético-GO, Internacional e Vitória), três empates (Corinthians, Botafogo e Cruzeiro) e uma derrota (Guarani).